BI309 - O Instalador

BIM 22 mittee do CEN/TC442 BIM e ISO/TC59. É a entidade delegada pelo Instituto Português da Qualidade (IPQ), responsável para o desenvolvimento da normalizaçãono âmbitodos sistemas de classificação, modelação da informação e processos ao longo do ciclo de vida dos empreendimentos de construção. Embora a normalização BIM seja um ponto crítico, cuja complexidade exige especial cuidado, podemos concluir com toda a convicção que a mesma, contribui de forma decisiva para alavancar a vantagem competitiva permitida pela utilização integrada do BIM. Ainda que se verifique um atraso em relação a outros países europeus, podemos afirmar que a normalização em Portugal segue as atividades do programa de normalização e espera-se que num futuro próximo possamos ter normas e guias, que permitirão um auxílio no planeamento e na organização dos projetos a desenvolver. As ISO para BIM commais relevância para projeto são: A norma ISO 19650; A norma ISO 29481; A norma ISO 21597 e a prEN 17412. Podemos concluir que a normalização em BIM é de crucial importância, porque pressupõe uma mudança de paradigma da indústria tradicional, rumo à indústria 4.0, incentivada pelas tecnologias inovadoras que provocam resultados significativos, quer nos sistemas de produção como nos modelos de negócio. METODOLOGIA - BIM A transição da metodologia CAD para BIM, requer uma implementação de forma faseada. No período de transição irão coexitir as duas metodologias de trabalho e a organização terá de se ajustar progressivamente à nova realidade. As atividades BIM iniciam-se combase emquatro fases, a saber: O diagnóstico; o planeamento; a implementação e por último a aferição dos resultados obtidos. Na primeira fase, realiza-se um diagnóstico através de uma análise pormenorizada dos seguintes tópicos: Fluxos do trabalho atual na organização; Avaliação da infraestrutura informática existente e Transição da metodologia. Para se conseguir manter um nível de conhecimento elevado, alémda equipa a formar, é de extrema importância proceder à contratação de um gestor de BIM (BIM manager) que possa fazer a gestão e resolução de eventuais problemas. No início da transição para BIM, deve- -se ter especial atenção à criação de padrões internos, nomeadamente, templates, gestão de ficheiros, produção de peças desenhadas, mapas de quantidades, etc., os quais devem estar de acordo comas normas e regras adequadas. A implementação deve ser realizada de forma progressiva, começando preferencialmente por projetos de menor dimensão, se possível, recorrer na organização a um projeto existente, de fácil modelação e com pormenores repetitivos, afim de poder comparar facilmente com a metodologia 2D anteriormente utilizada. A segunda fase, correspondente ao planeamento, temcomo objetivomostrar as linhas orientadoras e mapear os processos da nova metodologia. Para tal, deve-se ter em conta os seguintes tópicos: Promover a visão de BIM; escolha dos softwares; restruturação da infraestrutura informática; plano de formação da equipa; BIP (BIM Implementation Plan); a matriz interna de responsabilidades da equipa e o manual interno de modelação BIM. Nesta fase, a escolha correta do software de modelação BIM reveste-se da maior importância para a implementação adequada da metodologia, porque passa a ser a peça central, com os outros softwares a interagirem com este último – Figura 2. Com a capacidade e oportunidade de utilizar cada vez mais ferramentas na nuvem (cloud computing) e para que a troca de ficheiros entre as organizações não se torne algo que perturbe o processo, é fundamental a utilização de internet com elevada velocidade. Na terceira fase (implementação), é recomendada a realização de um manual de BIM para auxiliar o desenvolvimento do projeto, estruturando as informações (dados) e os processos necessários, estabelecendo padrões de representação, planeamento e gestão. Figura 2. Extração de informação da modelação BIM. [2]

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