BI315 - O Instalador

OPINIÃO 67 “A água é o bemmaior da humanidade e é uma necessidade vital à vida no Planeta”. Este é o lema que as crianças aprendem logo cedo. Não há qualquer dúvida sobre isso. O que parece existir é uma dificuldade grande de perceber que vivemos no fio da navalha de esta um dia esgotar-se, caso não adotemos medidas constantes para o seu uso adequado e não apenas em situações de SOS. Não nos apercebemos como usamos a água que sai da torneira, que é potável. Os consumos de água/dia para cada atividade do quotidiano podem ultrapassar os 240 litros: • Duche de 15 minutos, com a torneira meia aberta - 180 litros; • Lavar as mãos ou os dentes com a torneira aberta - 24 litros; • Manter a torneira aberta enquanto faz a barba - 48 litros; • Lavar o carro commangueira - 500 litros de água; • Cada descarga de autoclismo - 15 litros; • Uma torneira a pingar de 5 em 5 segundos, durante 24 horas - 30 litros/dia. Como atual paradigma ambiental global, as mudanças climáticas associadas, a destruição de ecossistemas e o uso acelerado dos recursos naturais, tem sido os diversos sinais de que uma das grandes questões deste século será o acesso a água potável, na maioria dos países do Mundo, especialmente nos países em que os recursos hídricos e económicos são mais limitados. Esta desigualdade tem vindo a agravar-se e estima-se que a escassez de água afeta atualmente quatro em cada dez pessoas. Não há dúvidas da sua importância para a sobrevivência humana, que vai muito além de nos saciar e hidratar, na medida em que é a base do desenvolvimento alimentar, fazendo parte de praticamente todos os gestos do nosso dia-a-dia. Por outro lado, a nível de desenvolvimento, é um in-put insubstituível emmuitas indústrias e processos produtivos, desde a construção civil ou agricultura, usando-a inclusive para minimizar os impactes ambientais de muitos setores, sem nunca nos lembrarmos de como é escasso este recurso. MAS SERÁ QUE A SECA REALMENTE ACABOU? A chuva regressou em 2022 e encheu os reservatórios e as albufeiras. Assumiu-se que a seca deixou de assombrar o território português, na medida em que voltámos a um “padrão normal”. Na prática, estamos atualmente numa “falsa normalidade hídrica”, dado que nada nos garante de que este efeito extremo não regresse brevemente a território nacional e voltaremos a entrar novamente em período de seca, sem termos dedicado tempo e energia a pensar sobre este problema. Os períodos de seca têm sido mais constantes e a cada ano que nos vimos

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