BI315 - O Instalador

OPINIÃO 68 a braços com este problema soam os sinais de alertas. É um problema concreto que há muito que precisa de uma intervençãomais séria e concreta, não ficando apenas pelo romantismo das campanhas de sensibilização ou de medidas que não são aplicadas. Foi assim em 2018, com as campanhas de sensibilização do Ministério do Ambiente e outras entidades, repetiu-se o modelo em 2022 e acredito que será igual num futuromuito breve. Campanhas e mais Campanhas com pouco efeito prático naquilo que poderá ser a mudança de estratégia e paradigma da forma como usamos o recurso – Água. Acredito que estas campanhas sejam louváveis, como todas as campanhas de sensibilização ambiental, mas não bastam, e isso já deveríamos ter aprendido com todos os outros temas ambientais. É importante perceber que não iremos resolver este problema apenas com campanhas de sensibilização. Olhemos o caso da Cidade do Cabo, na África do Sul, em que a população teme o dia em que as torneiras deixarão de deitar água e tornar-se-á a primeira Cidade do Mundo a ficar sem água potável. Aqui já se percebeu que as campanhas de sensibilização não são suficientes, é preciso regular, limitar e promover o uso eficiente. Para já, adotaram-se medidas de resseção do acesso à água potável e a Cidade do Cabo reduziu a quantidade de água de 87 litros/dia para 50 litros/ dia por habitante. Este é apenas um sinal de alerta, porque outras Cidades irão enfrentar os mesmos problemas se não foremadotadas medidas urgentes na gestão deste recurso. Na Cidade do Cabo, na África do Sul vive-se o receio de chegar o dia emque cada pessoa terá direito a apenas 25 litros de água potável/dia, comomedida para implementar o racionamento. Se nos lembrarmos que as Nações Unidas estimamque cada ser humano precisa de pelo menos 110 litros de água/dia para satisfazer as suas necessidades básicas, e que uma torneira aberta durante 1 minuto pode gastar cerca de 12 litros de água, termos uma ideia bem real da dimensão do problema que enfrentamos atualmente. TEMOS QUE QUESTIONAR O FUTURO DA ÁGUA É preciso que a Humanidade esteja toda ela envolvida – população, autar-

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