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Após um longo processo de intensa pesquisa, a Esdec apresentou o novo FlatFix Wave, um sistema de montagem, fácil de instalar, sem utilização de ferramentas para a instalação dos módulos fotovoltaicos. No desenvolvimento deste sistema, estiveram estritamente envolvidos vários stakeholders para poder ficar demonstrado, de forma independente, que o sistema funciona. Como surgiu este conceito?
O diretor de pesquisas, Jeroen Weller, explica como o FlatFix Wave foi o resultado de uma colaboração intensiva. “Este sistema tem incluído todo o conhecimento que adquirimos ao longo dos anos”, refere. FlatFix Wave foi lançado em outubro de 2020. Mas, o que faz este sistema de montagem ser diferente dos demais?
Jeroen Weller prossegue, dizendo: “analisámos todos os pontos fracos dos sistemas para telhados planos existentes e conhecidos até então, e incorporámos as soluções neste novo sistema”. Uma das grandes vantagens deste sistema é que é “sem ferramentas”, afirmou Weller, lembrando que “um instalador não vai precisar levar quaisquer ferramentas para o telhado. Não é necessário aparafusar para unir os perfis dos módulos porque já estão pré-montados”.
Esse facto ajuda a poupar muito tempo e evita problemas, mas também assegura que a instalação será feita sem falhas. “Além disso, a instalação é muito mais silenciosa, uma vez que não vai precisar usar um berbequim aparafusador sem fios. E isso agradece-se. Notámos isso quando estávamos a testar o sistema na prática e podíamos ouvir os pássaros a cantar”, disse.
O sistema pode ser instalado tão rápido que a própria instalação lembra uma onda sobre o telhado, daí o seu nome ‘Wave’.
Com o FlatFix Wave, os módulos não são fixos pelo lado curto do módulo mas sim a cerca de um quarto e três quartos de distância pelo lado longo, o comprimento.
Novamente, de acordo com Weller, esta é uma escolha bem pensada. “A vantagem de fixar o módulo pelo comprimento nas posições corretas, é que os sistemas podem resistir melhor a vendavais e cargas de neve. Isto também é muito mais favorável para os módulos cada vez maiores. Evita principalmente a formação de possíveis microfissuras (fissuras finíssimas nas células solares). Este novo método de fixação, portanto, é recomendado por muitos fabricantes de módulos.
Em comparação com os sistemas tradicionais, foram realizados mais ajustes que resultaram em diferenças positivas baseadas em muitos cálculos e análises. Por exemplo, o defletor lateral que fecha o lado aberto do campo foi inclinado levemente de forma deliberada. Deste modo, é muito mais aerodinâmico e, portanto, necessita de menos lastro.
O foco no desenvolvimento do FlatFix Wave era duplo, comenta Weller. “Por um lado, procura-se maximizar o lastro no novo sistema para conseguir maior fiabilidade. Por outro, pretende-se minimizá-lo por conveniência, custos e tempo. Existe uma situação de conflito de interesses num dos dois pontos que tem maior influência no desenvolvimento. Fomos capazes de ativar dois botões ao mesmo tempo neste processo. Otimizamos a aerodinâmica, mas também ampliámos o acoplamento mecânico ao máximo possível. Aplicámos ligações cruzadas muito fortes em duas direções nos campos para fortalecer o acoplamento. Assim, os módulos são ligados de forma muito resistente”, adiantou.
Weller afirma ainda que “quando desenvolvemos o sistema Wave, adicionámos, além dos nossos conhecimentos e experiência, todos os conhecimentos externos que podiam encontrar-se no projeto. Foram consultados e envolvidos várias entidades, como empresas EPC, instaladores, organismos de certificação, instituições de investigações técnicas e a Peutz, o nosso parceiro em testes em túnel de vento. O objetivo era desenvolver um sistema sólido e resistente ao tempo”.
Adicionalmente, questionamos a Peutz, o nosso parceiro em testes em túnel de vento, sobre "quais seriam os requisitos a respeitar, para poder desenhar o sistema perfeito para telhados planos de um ponto de vista aerodinâmico. Os novos defletores de vento foram uma das caraterísticas que teve como resultado o design final".
Meio ano depois do lançamento deste sistema, a equipa continua a trabalhar avidamente em várias configurações do sistema, como por exemplo, uma configuração orientada ao sul, uma vez que o sistema atual está disponível apenas numa configuração dual (Este/Oeste).
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Tiago Antunes
Sales Manager Portugal
Este é o primeiro de três artigos sobre sistemas de montagem, testes de túnel de vento e verificação dos resultados dos testes. A segunda parte será publicada em breve.
Este artigo é uma tradução da versão escrita em holandês por Joyce Beuken e publicada a 19 de abril de 2021 em www.solar365.nl
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