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Para evitar a condensação no quadros eléctricos, deve ser mantida uma humidade relativa de 60%

A condensação limita a vida útil dos quadros elétricos exteriores

Redacção Interempresas19/04/2023

Condições meteorológicas adversas como a humidade elevada, as temperaturas extremas ou a condensação são fatores a ter em conta no momento de escolher e instalar de forma adequada os quadros elétricos que vão estar situados no exterior. Estas condicionantes atmosféricas podem implicar problemas para os equipamentos elétricos.

Os quadros elétricos incluem peças metálicas que caso apresentem corrosão devido à humidade podem gerar falhas graves, como a interrupção de funções gerais, paragens técnicas ou provocar o envelhecimento prematuro destes equipamentos elétricos. No caso da condensação é importante ter em conta que a mesma pode ocorrer quando a instalação não está a ser utilizada.

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Como é que a condensação afeta os quadros elétricos?

O ponto de orvalho ou condensação ocorre quando o ar húmido entra em contacto com uma superfície que está a uma temperatura fria. Posteriormente, com a mudança do estado líquido para sólido obtém-se esta condensação indesejada nos quadros elétricos.

Esta condicionante faz com que os quadros elétricos que se encontram em ambientes húmidos ou à intempérie acumulem mais água à medida que a temperatura é mais elevada. Além disso, as oscilações de temperatura que resultam do calor diurno e do frio noturno ajudam a aumentar a condensação nos quadros elétricos que se encontram em espaços exteriores. Este ponto de orvalho também pode ocorrer no interior dos quadros elétricos se os níveis de humidade forem demasiados altos e as temperaturas oscilarem bruscamente.

Quando se acumula condensação no interior dos quadros elétricos aumenta o perigo de esses equipamentos se tornarem inseguros e de ocorrer um mau funcionamento. Além disso, a condensação também pode provocar um envelhecimento prematuro dos quadros elétricos, problemas de oxidação, curto-circuitos e avarias nos equipamentos elétricos e eletrónicos. Estes contratempos podem tornar-se graves caso ocorram em aplicações críticas em espaços exteriores, como as turbinas eólicas ou as instalações de energia solar.

Um dispositivo de aquecimento ajuda a fazer frente à condensação nos quadros elétricos

Existem diversas formas de manter a condensação sob controlo no que diz respeito aos quadros elétricos. A primeira delas consiste em garantir que a humidade relativa se encontre abaixo de 60% e que não ocorram mudanças bruscas de temperatura. Para o conseguir, a melhor opção é combinar resistências de aquecimento com dispositivos de controlo, como os termóstatos, os higróstatos ou os higrómetros.

Os termóstatos, farão com que a resistência de aquecimento se ative nos quadros elétricos que se encontrem no exterior, caso as temperaturas diminuam abaixo dum valor parametrizado. Nos higróstatos, as resistências serão ativadas caso ocorra a situação de a humidade se elevar acima de um valor parametrizado. A solução mais completa é optar por um higrómetro, visto que se encarrega de controlar tanto a temperatura como a humidade. Dependendo da situação ambiental em que se encontrem os quadros elétricos haverá que optar por uma opção ou outra.

Por exemplo, se o equipamento elétrico se encontra num espaço no qual ocorrem umas condições ambientais de 5 °C e uma humidade relativa de 90%, as resistências de aquecimento integradas num quadro elétrico fechado diminuirão a humidade relativa para 60%. Desta forma, a hipótese de formação de condensação nos quadros elétricos é anulada.

Por norma, a condensação afeta em primeiro lugar as partes inferiores dos quadros elétricos, pelo que, é adequado que as resistências sejam colocadas o mais abaixo possível. No entanto, há que ter em conta que é necessário respeitar pelo menos 150 milímetros de distância entre a parte superior da resistência e o dispositivo superior mais próximo. Para descobrir rapidamente humidade nos quadros elétricos exteriores, os controladores de temperatura e humidade têm de ser ajustados de forma similar.

Caso se trate de quadros elétricos que já se encontrem em utilização, as resistências ultrafinas são a opção mais adequada, visto que, na maioria dos casos, o espaço disponível é mínimo. Daí que as soluções da Schneider Electric, com 1,5 mm de espessura, se tornem na solução ideal para estes quadros elétricos que já se encontrem a funcionar em ambientes de baixa temperatura e humidade elevada.

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