Informação profissional do setor das instalações em Portugal

De facto, os edifícios do futuro têm de estar na frente no caminho rumo à neutralidade de emissões

Os edifícios do futuro devem incluir entre os seus objetivos ser Net Zero

Redacção Interempresas21/04/2023

Os objetivos mundiais de neutralidade em emissões de CO2 estão na mira de toda a sociedade. Um dos elos mais importantes neste caminho da descarbonização são as novas construções. De facto, os edifícios do futuro têm de estar na frente no caminho rumo à neutralidade de emissões. Limitar o aquecimento global a 1,5 °C até 2050 apenas será possível caso se faça um esforço para descarbonizar os edifícios. O modelo dos edifícios do futuro deverá assegurar o caminho para a neutralidade carbónica reduzindo de forma contínua e sustentada as emissões.

Para alcançar a descarbonização dos edifícios do futuro é importante ter uma planificação adequada
Para alcançar a descarbonização dos edifícios do futuro é importante ter uma planificação adequada.

No entanto, importa destacar que nem todos os esforços para reduzir as emissões passam pelos edifícios do futuro, sendo que uma das maiores oportunidades para diminuir as emissões de carbono passa por modernizar os edifícios já existentes. Estima-se que em 2050, data à qual as organizações têm por objetivo alcançar as emissões zero, cerca de 50% dos edifícios atuais ainda estarão a ser utilizados.

Como devem ser os edifícios do futuro ideais?

Hipereficientes, resilientes, centrados nas pessoas, bons para o ambiente e para as empresas, estes são alguns dos valores que os edifícios do futuro devem cumprir no seu objetivo rumo às emissões zero. A Schneider Electric colabora com o objetivo, o qual a empresa denomina como Eletricidade 4.0. O mesmo, consiste em que estes edifícios do futuro sejam totalmente digitais e elétricos e que, por sua vez, utilizem essa eletrificação para permitir a descarbonização graças às energias renováveis e à utilização da digitalização para otimizar o rendimento energético e as emissões de carbono.

Para alcançar a descarbonização dos edifícios do futuro é importante ter uma planificação adequada, um processo que se deve basear principalmente em três passos: estratégia, digitalização e descarbonização.

Começando pela estratégia, é necessário avaliar a situação atual do edifício e elaborar um plano que seja capaz de proporcionar resultados quantificáveis. Em segundo lugar, é necessário criar uma única fonte de informação sobre a utilização da energia e dos recursos empregues para, assim, se poderem tomar decisões baseadas em dados que permitirá atingir os objetivos propostos de forma que se cumpram os requisitos exigidos pelos edifícios do futuro. O último passo, o da descarbonização, tem por base a redução da pegada de carbono em todas as dimensões e a otimização de processos com vista à rentabilidade do negócio, aproveitando a informação obtida nos processos anteriores. Este processo de três passos, pode ser aplicado a todo o tipo de empresas e edifícios: escritórios comerciais, infraestruturas de saúde, hotéis, etc.

É imprescindível estabelecer um plano de desenvolvimento para que se cumpram os critérios dos edifícios do futuro

Há que destacar que, em muitos edifícios, a maior fonte de emissão corresponde às emissões indiretas que escapam ao seu controlo direto. Portanto, as organizações também necessitam de uma transformação a nível empresarial que envolva toda a cadeia de valor nos esforços de descarbonização e o cumprimento dos objetivos dos edifícios do futuro. Por conseguinte, no âmbito da construção, a ampliação das iniciativas de emissão zero deve ter em conta as emissões de carbono em toda a cadeia de valor, e a circularidade do mesmo. Daí que um plano de investimentos para a descarbonização seja imprescindível.

Por onde iniciar esse plano de descarbonização? Em primeiro lugar, é importante localizar todas as fontes de dados. Uma vez determinadas as emissões de gases de efeito de estufa do edifício por volume e tipo, serão conhecidas as principais fontes de emissões e será possível comparar o rendimento de cada uma delas. Com estes dados pode-se criar um plano para a descarbonização que se adeque às necessidades pretendidas, à viabilidade técnica e aos prazos adequados.

Estima-se que os investimentos na modernização e descarbonização dos edifícios alinhados com o modelo de edifícios do futuro, serão rentabilizados em 10 anos ou menos. Ainda assim, é importante investigar e analisar a nível de custos cada uma das ações a implementar.

Uma das vias de rentabilidade consiste em substituir a fonte de energia por uma renovável e que seja o edifício a fazer a gestão dessa energia. Por outro lado, é importante calendarizar a implementação dos investimentos e contemplar a viabilidade técnica e económica dos mesmos para se conseguir o sucesso global no programa de descarbonização. Os objetivos propostos devem ajustar-se tanto ao critério de emissões zero como ao cumprimento de possíveis requisitos normativos.

Por último, um bom plano também deve incluir a tecnologia digital adequada e um plano de melhoria da conetividade, elemento essencial nos edifícios do futuro, que ajuda a medir a descarbonização e a garantir que se dispõe dos dados adequados que controlam e supervisionam o rendimento. A partir do mesmo, será possível estabelecer e calendarizar os objetivos do caminho rumo aos edifícios do futuro.

Empresas ou entidades relacionadas

Schneider Electric

oinstalador.com

O Instalador - Informação profissional do setor das instalações em Portugal

Estatuto Editorial