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Combinar qualidade do ar e eficiência nos edifícios já não é uma utopia

Bruno Azevedo, Responsável de clientes EcoXpert BMS Portugal Schneider Electric.17/07/2023
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Na Europa, os edifícios são responsáveis por 40% do consumo de energia e 36% das emissões de CO2. Assim sendo, a melhoria da sua eficiência energética é inevitável para podermos cumprir os objetivos de sustentabilidade que a União Europeia definiu até 2030. Para além disto, nos últimos três anos, a esta necessidade juntou-se outra: manter a qualidade do ar interior para evitar a propagação da COVID-19. Mesmo tendo a pandemia terminado, nunca se sabe o dia de amanhã – pelo que continua a ser importante recordar as lições que ela nos ensinou e continuar a melhorar diariamente os nossos edifícios.

De facto, neste cenário de "nova normalidade" em que vivemos, a eficiência energética ganhou uma nova dimensão. Muitos governos estão inclusivamente a tomar medidas e a promover iniciativas para proporcionar um quadro de apoio às melhorias nos edifícios – que, em última análise, vão conduzir a uma redução do consumo de energia. Isto é muito positivo, não apenas pelo impacto negativo que este tem no ambiente, mas também nos bolsos dos proprietários e/ou gestores de edifícios. (Numa escola, por exemplo, a fatura de eletricidade pode atingir os 20.000-30.000€ euros por mês!)

Os desafios para manter a qualidade do ar nos edifícios

Uma das principais recomendações das autoridades para evitar a propagação do COVID-19 era ventilar corretamente os ambientes interiores, uma vez que os aerossóis que exalamos quando falamos, respiramos ou espirramos podem permanecer suspensos no ar durante muitas horas e favorecer a transmissão daquela e de tantas outras doenças infeciosas. Assim, a manutenção de taxas adequadas de renovação do ar é absolutamente vital.
Esta necessidade de ventilação frequente dos espaços para garantir a sua salubridade constitui um desafio para manter o conforto dos ocupantes, sobretudo nos meses de inverno – e pode também travar os esforços de melhoria da eficiência energética das instalações, por exemplo, ao limitar a recirculação do ar.
No entanto, esta necessidade não deve impedir os esforços em curso para progredir para instalações mais eficientes e sustentáveis. Felizmente, a solução que combina o melhor dos dois mundos existe – e está ao nosso alcance.
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A solução: tecnologias inteligentes para medir a qualidade do ar

Como podemos, então, ventilar adequadamente os espaços sem desperdiçar energia ou comprometer o conforto dos ocupantes? O segredo é medir a qualidade do ar através de tecnologias inteligentes, ou seja, contar com multisensores que informem os gestores das instalações quando a qualidade do ar desce – pois a forma mais eficaz de combinar a qualidade do ar interior e a eficiência energética é ventilar apenas quando é realmente necessário.
Não existem sensores no mercado que detetem diretamente a existência de vírus no ar, mas podem medir outros parâmetros e determinar o momento exato em que a qualidade do ar desce, como os níveis de dióxido de carbono (CO2), compostos orgânicos voláteis (COV), temperatura e humidade relativa (HR). Isto contribuirá não apenas para prevenir doenças infeciosas, como já vimos, mas também porque se estes aspetos da qualidade do ar não estiverem dentro de valores adequados, podem trazer consequências graves para a saúde e a produtividade dos ocupantes. (Sim, leu bem: as concentrações elevadas de CO2, por exemplo, podem provocar sonolência e falta de concentração, bem como prejudicar a tomada de decisões.)
Assim, contar com sensores que são capazes de monitorizar a qualidade do ar interior é fundamental, pois estes dispositivos detetam quando o ar está sobrecarregado e enviam alertas aos gestores das instalações, permitindo-lhes tomar medidas e resolver a situação.
Um bom exemplo são os sensores SpaceLogic SLA e SLP da Schneider Electric que, na sua versão com ecrã tátil, incluem um “modo de semáforo” que emite um sinal visual claro quando o nível de concentração do ar de uma divisão não está de acordo com o recomendado. Entre todos os sensores incluídos nestes dispositivos, destaca-se o de COV, capaz de detetar odores corporais, a fumo, tinta ou a desgaseificação dos tapetes, oferecendo uma leitura de 0 a 10% de acordo com o Índice de Qualidade do Ar da OMS.
Em suma, explorar todo o potencial das tecnologias digitais será a chave para permitir que os gestores de edifícios ofereçam aos seus ocupantes uma proteção ampla e muito necessária – e tudo sem comprometer o seu conforto.

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