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Falta de conforto em casa significa maior pegada de CO2

Departamento de Marketing da Daikin Portugal07/06/2024

Situação é provocada não só pela má construção dos edifícios, como também pela falta de uma cultura de climatização, de conforto dos edifícios e em particular das nossas casas. A solução passa pela reabilitação dos edifícios.

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Quando pensamos “climatização” visualizamos conforto dentro de casa. No entanto, são muitas as famílias portuguesas que têm casa com aspeto agradável e confortável, mas que na realidade vivem em divisões que são frias no inverno e autênticos fornos no verão. A isto chama-se pobreza energética. Uma pobreza que é transversal e independente da situação económica.

Em números, e de acordo com o Eurostat, Portugal é o quarto país da União Europeia com maior percentagem (17,5%) de famílias incapazes de manter as suas casas aquecidas adequadamente. Por outras palavras, 17,5% das famílias portuguesas são pobres e não sabem.

Para fazer face a esta realidade são necessárias medidas abrangentes e colaborativas. Ou seja, iniciativas públicas e privadas que mitiguem uma situação provocada não só pela má construção dos edifícios, como também pela falta de uma cultura de climatização, de conforto dos edifícios e em particular das nossas casas. Uma realidade que em nada contribui para a produtividade de adultos e crianças. Aliás, estas últimas acabam vulneráveis, tal como os mais idosos ou pessoa com doença crónica.

Face a este cenário, que é bem real, e sabendo que inverter esta realidade torna-se urgente, tanto mais quando a Europa quer alcançar zero emissões líquidas de CO2 até 2050, é chegada a hora de abraçar uma missão que pode, por exemplo, começar no momento da reabilitação de edifício.

Na Daikin estamos conscientes da nossa missão. Por isso, e enquanto único fabricante a conceber e produzir equipamento de aquecimento, arrefecimento, ventilação e refrigeração, bem como os compressores e fluidos frigorigéneos utilizados nestes mesmos equipamentos, estamos empenhados em dar um contributo significativo para a descarbonização.

Uma premissa que levou a Daikin a efetuar uma parceria com o município de Manchester para reequipar até 1.000 habitações com equipamento com um baixo nível de emissão de carbono. O acordo, que é o primeiro do género entre uma cidade-região britânica e uma empresa japonesa, permitirá ao município tornar-se um “banco de ensaio” para novas tecnologias e serviços com um consumo quase zero líquido de energia.

Milão, solução de refrigeração para bairro
Milão, solução de refrigeração para bairro

Em Milão, Itália, fomos mais ousados e integrámos um projeto de reconstrução de um bairro onde o objetivo passa por oferecer uma solução de refrigeração. Para tal, fornecemos chillers centrífugos arrefecidos a água da gama DWSC, com capacidade total de 5MW. Uma vez instaladas, estas unidades passaram a fornecer arrefecimento a um bairro composto por edifícios residenciais (500 casas), 10.000 m2 dedicados a lojas, 30.000 m2 de escritórios e um parque com 160.000 m2.

Dois exemplos inspiracionais em temas sensíveis como a reabilitação e transformação do edificado mais degradado.

Se olharmos num plano mais micro, para as nossas casas, percebemos que o desafio é idêntico e está inscrito, por exemplo, na iniciativa RePowerEU, que estabelece o objetivo de reduzir, em pelo menos 55 %, as emissões líquidas de gases com efeito de estufa até 2030, e alcançar a neutralidade climática até 2050, em consonância com o Pacto Ecológico Europeu. E, é aqui que as bombas de calor estão mais do que aptas para aceitar o desafio da descarbonização residencial, para se tornarem o equipamento padrão tanto no mercado da nova construção como da renovação.

As bombas de calor são um dos melhores aliados rumo à descarbonização, o alcance das metas apontadas. Por isso, e porque em 2019 definimos o objetivo de alcançar uma redução mínima de 30% das emissões de gases com efeito de estufa até 2025 e uma redução de 50% até 2030 (em comparação com um cenário de manutenção da situação atual, incluindo contribuições para emissões evitadas), trabalhamos diariamente para que a transição para energias limpas seja uma realidade.

A tecnologia de bomba de calor adapta-se a qualquer edifício

Através da tecnologia de bomba de calor flexível e a adaptar-se a qualquer edifício comercial através de dois novos sistemas de Bomba de Calor VRV 5, alargámos a gama mini VRV até 33,5 kW e uma nova gama de insuflação vertical até 56 kW. Esta nova gama veio juntar-se ao mini VRV compacto e às versões de Recuperação de Calor.

Especificamente concebida para o fluido frigorigéneo R-32, a nova bomba de calor VRV 5 tem um Potencial de Aquecimento Global (GWP) de apenas 675 e transporta o calor mais eficazmente do que o R-410A, resultando numa carga de fluido frigorigéneo mais baixa. Ou seja, combinando o R-32 teremos uma redução das potenciais emissões de equivalente de CO2 (CO2-eq) direto até 71%, em conformidade com os regulamentos relativos aos gases fluorados. Além disso, e por comparação com as unidades mais vendidas, as novas bombas de calor têm uma maior eficiência sazonal (até 9,1%), o que leva a que o sistema VRV 5 seja uma escolha natural para projetos em que o impacto ambiental é a prioridade.

Passíveis de integrar qualquer edifício ou espaço, os sistemas VRV5 têm inserida Tecnologia Shîrudo, única da Daikin e que aborda os requisitos legais da IEC60335-2-40, uma norma específica do produto que diz respeito às características de inflamabilidade moderada do R-32.

Paralelamente, e há semelhança de outras séries exteriores VRV 5, as novas Bombas de Calor VRV 5 são compatíveis com uma ampla gama de unidades interiores R-32, incluindo cortinas de ar Biddle, intuitivas e fáceis de utilizar. O consumo de energia pode ser reduzido através da ligação à mais recente plataforma Daikin Cloud Plus, que oferece a monitorização contínua de energia e informações avançadas. Curiosamente, a plataforma Daikin Cloud Plus também beneficia os instaladores, uma vez que permite que o diagnóstico e as definições no local sejam efetuados remotamente.

Como vimos, no mercado da renovação, a instalação de uma bomba de calor é algo relativamente simples e a que se junta a possibilidade de aproveitar praticamente toda a instalação assim como os radiadores existentes, além de que, com o mesmo equipamento produtor é possível assegurar adicionalmente a produção de águas quentes sanitárias. Para a nova construção a simplicidade mantem-se, na medida em que se poderá optar por soluções de Baixa Temperatura aplicável aos mais diversos tipos de emissores térmicos como piso radiante, ventiloconvectores ou mesmo radiadores de baixa temperatura. De igual modo, as bombas de calor também estão aptas a responder ao mercado empresarial e contribuir com uma redução dos custos com energia em cerca de 30%.

Quer seja edifício novo ou reabilitado as necessidades são completamente distintas e a falta de conforto pode persistir se o equipamento instalado não for o apropriado. É, por isso, fundamental que o proprietário perceba que deve recorrer a entidades especializadas, que possam primeiramente auditar o edifício ou habitação, identificando patologias e propondo soluções que se adequem às necessidades, protegendo-o de certa forma.

Ao optar por um diagnóstico correto, o proprietário está não só a contribuir para que a imagem de casa confortável seja também sentida como para a redução significativa da sua pegada de CO2.

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