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"Em 2025 a procura por sistemas solares fotovoltaicos e bombas de calor vai-se consolidar."

Entrevista com Luís Chedas, diretor comercial da Thermosite

Alexandra Costa13/11/2024

Em entrevista à revista O Instalador, o responsável pela área comercial da Thermosite revela que a redução da taxa do IVA na grande maioria dos equipamentos (ar condicionado, bombas de calor, solar térmico e solar fotovoltaico) não se traduziu num aumento da procura. No entanto as perspetivas são otimistas, dado o investimento previsto no que concerne à eficiência energética dos edifícios.

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Como decorreu o negócio da Thermosite em 2024?

Para a Thermosite os primeiros três trimestres de 2024 foram estáveis quando comparados com 2023, embora um pouco aquém dos objetivos de crescimento que perspetivávamos. Sentimos o mercado doméstico existente em modo “espera”. A redução da taxa do IVA na grande maioria dos equipamentos (ar condicionado, bombas de calor, solar térmico e solar fotovoltaico) não se traduziu num aumento da procura. O incumprimento das datas de pagamento do Fundo Ambiental sobre o Apoio do PRR no que diz respeito ao Investimento C13-i01, Programa de Apoio a Edifícios mais Sustentáveis, e a informação que disponibilizam “até ao momento, não existe previsão da abertura de uma nova fase do programa nem quais os requisitos e condições da mesma” provocam bastante “ruído” no mercado e o consequente adiar de investimentos para quem tem este enquadramento.

A situação macroeconómica e política da Europa condicionou o negócio da empresa?

A macroeconomia e a política da Europa influenciam sempre a nossa atividade. A legislação é europeia e os grandes fabricantes estão fora da Europa. O mercado europeu está a sofrer os efeitos da inflação e do brutal aumento da taxa de juro que ocorreu em 2022/2023. Os custos da matéria-prima, do transporte marítimo e as variações cambiais são elementos que não conseguimos controlar.

O que podemos perspetivar para 2025? Quais serão as principais apostas da Thermosite para esse ano?

Perspetivamos um 2025 próspero. Portugal tem muitos edifícios em projeto, em construção e em remodelação. A produção de água quente sanitária e o conforto térmico são necessidades prioritárias e, por isso, haverá certamente muitos negócios.

O PRR está em marcha e em 2025 o mercado sentirá muito esse efeito.

A Thermosite continuará o seu caminho, apresentando produtos novos. Vamos dar especial atenção ao acompanhamento do projeto, brevemente concluiremos a disponibilização de todos equipamentos em BIM no nosso site www.thermosite.com.

Como analisa, em 2024, o setor AVAC português e como antevê a sua evolução no País e na Europa? Que perspetivas para 2025?

Em Portugal existe uma dicotomia entre o conforto que os utilizadores exigem nos edifícios e o consumo de energia. Todos sabemos que a capacidade de investimento de um português em soluções energeticamente mais eficientes não é a mesma que a maioria dos europeus. Temos a vantagem de ter cargas térmicas inferiores do que a grande maioria dos países europeus o que nos permite instalar menos potência.

Em 2025 a procura por sistemas solares fotovoltaicos e bombas de calor vai-se consolidar.

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A eficiência energética é um tema cada vez mais importante para os clientes e fornecedores. O que a Thermosite está a fazer nesta matéria?

A Thermosite tem uma gama equipamentos muito eficientes. Estamos agora a preparar a transição relativamente a gases fluorados para dar cumprimento à regulamento UE 2024/573. Temos divulgado muito junto dos clientes a importância do controlo na instalação. O que interessa ter um equipamento muito eficiente se depois tivermos uma gestão desadequada do seu funcionamento? Com a Honeywell Home temos um conjunto de soluções que satisfazem muito os clientes.
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Este ano foi publicado o novo Regulamento F-gas. O portfólio da Thermosite já está devidamente adaptado? Que alterações teve a empresa de fazer?

Como falamos na questão anterior, estamos a verificar junto das fábricas parceiras as melhores soluções para cumprir o novo regulamento. Em 2025 a Thermosite será uma das empresas integradas no FGAS, o que nos permitirá dispor diretamente de cota de gás.

A Thermosite representa várias marcas em Portugal: GREE, a SIME, a Honeywell e a Thermway. Descreva-me, sucintamente, os produtos de cada uma e as suas mais-valias. O que podemos esperar de cada uma delas para o próximo ano?

As marcas que representamos permitem à Thermosite apresentar respostas a praticamente todas as necessidades de água quente sanitária e climatização.
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Na GREE, já temos disponível a solução de multi-split com produção de água quente sanitária, que está a despertar muito interesse do mercado.
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A SIME, com a gama industrial de caldeiras, tem-se afirmado como uma das marcas mais competitivas, o que permite à Thermosite fornecer muitas obras de referência por todo o país.

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Com a Honeywell, além da gama de controlo que tem inúmeras soluções de elevada qualidade, temos a gama de válvulas de equilíbrio estático e dinâmica que tem tido muito procura pela ampla gama que dispomos.
A Thermway, dentro das várias gamas que dispõe, tem-se destacado pelas bombas de calor. São produtos que foram muito bem desenvolvidos para responder às necessidades do mercado. São artigos que temos em stock nos armazéns da Maia, Vialonga e Algoz.
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Qual a importância da assistência técnica a nível de produtos, instalações e projeto?

Para a Thermosite a assistência técnica é crucial para assegurar a qualidade do produto. É sempre uma prioridade. Temos meios internos e também dispomos de uma rede de 15 parceiros a nível nacional que nos permite solucionar todos os problemas que possam surgir. A boa reputação da Thermosite está muito baseada na assistência técnica.

Quais são as grandes apostas estratégicas da empresa para os próximos anos?

Uma equipa de trabalho feliz 😀. Depois tudo surge naturalmente.

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