Texto: José Alex Gandum
A pesca intensiva, a poluição marinha, a destruição de habitats, a acidificação, o aumento da temperatura e o derretimento do gelo marinho afetam negativamente a biodiversidade e os ecossistemas. Um exemplo disso é que metade dos recifes de coral do mundo já foram perdidos e o aquecimento global está a causar repetidos ciclos de branqueamento de corais.
É ponto assente que os oceanos são um grande tesouro para a humanidade. Eles fornecem comida para mais de três mil milhões de pessoas e absorvem 30% do dióxido de carbono emitido para a atmosfera. Razões suficientes para cuidar deles e protegê-los, advertem os especialistas.
É por isso que a UN Environment (ONU Ambiente) promove a implementação de áreas marinhas protegidas para conservar populações de peixes e a função dos ecossistemas, ajudando também os países a administrar efetivamente essas áreas por meio de apoio técnico.
Nos últimos 15 anos, as áreas marinhas protegidas foram aumentadas em 25%. Até ao momento, existem 14.882 áreas marinhas protegidas que cobrem 7,6% do oceano, uma área quase três vezes maior que o território dos Estados Unidos da América (EUA). O mais recente é em torno da Ilha de Ascensão, no Oceano Atlântico Sul. A maior é a área marinha protegida do Mar de Ross, que tem aproximadamente o tamanho do México e foi criada em 2016.
No entanto, apesar desses esforços, pesquisas mostram que muitas áreas marinhas protegidas exigem melhor gestão. Alguns estudos sugerem que 40% delas têm deficiências de manutenção, como ficou declarado no relatório Frontiers 2017. Nesse contexto, a ONU Ambiente lançou um guia prático para governos, gestores e responsáveis pela tomada de decisões a fim de apoiar o projeto e o gestão correta de áreas marinhas protegidas. Na ausência de duas áreas iguais, é necessária uma abordagem flexível, esclarecem os especialistas.
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