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Iluminação: internacionalização tem de continuar a ser o desígnio

Revista O Instalador28/05/2018
Após anos de contracção, o mercado nacional de iluminação está hoje com «perpectivas razoáveis», refere Modesto Castro, presidente da Associação dos Industriais Portugueses de Iluminação (AIPI).
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Contudo, a internacionalização tem de continuar a ser a prioridade», nunca esquecendo «a diversificação e volume de vendas», de forma a permitir «um leque cada vez mais amplo de clientes internacionais». Também Paulo Cabral, responsável pelo Gabinete de Relações Institucionais do IEP - Instituto Electrotécnico Português, aborda a temática bem como as exportações neste sector.

Texto: Ana Clara

Modesto Castro, presidente da AIPI, começa por referir que a economia portuguesa «está hoje novamente a atravessar um bom momento com o imobiliário a registar um ímpeto provocado pelo turismo e pelos aumentos do crédito à habitação pelos bancos».

«Existem assim boas perspectivas para a fileira casa no curto/médio prazo no mercado nacional. Também o mercado espanhol tem recuperado nos últimos anos e a prova disso é a aposta novamente na presença em feiras espanholas por parte das nossas empresas, particularmente nas feiras de Valência e Saragoça», sublinha.

O responsável salienta que o mercado nacional da iluminação «tinha vindo a sofrer nos anos pós 2009 uma enorme contracção como todos os sectores ligados à fileira casa. O retalho praticamente desapareceu e o que continua a dar bons frutos é a área de projectos. Os projectos são, contudo, bastante mais trabalhosos de conseguir exigindo uma extensa rede de networking e resultam em encomendas de menor volume por cliente. Mas é neste segmento que se encontra maior valor acrescentado e por isso existe uma aposta grande das empresas nesta área».

Apesar das perspectivas razoáveis do mercado nacional, «a internacionalização das nossas empresas terá que continuar a ser um desígnio de todos pois o crescimento sustentado só é possível se alavancado pela diversificação e volume de vendas permitido por um leque cada vez mais amplo de clientes internacionais».

Modesto Castro diz que a AIPI tem feito um enorme esforço no que toca ao processo de internacionalização das empresas do sector.

«Temos contribuído para a abertura de portas a novos mercados, dentro e fora da Europa, promovendo a participação nas maiores feiras europeias de iluminação e da fileira casa bem como em missões empresariais a mercados extracomunitários (México, EUA, Angola, Moçambique, Dubai, etc.), apostando em estudos de mercado e benchmarking para o sector, desenvolvendo através de parcerias acções de formação e iniciativas para aquisição de novas competências pelas empresas nas áreas da comunicação e marketing, desenvolvimento de produto, etc.».

Um dos problemas do sector, vinca, «continua a ser a falta de mão de obra especializada e urge que as entidades formadoras do país redireccionem as formações gerais e abstractas para a aprendizagem de competências específicas e imediatamente úteis às empresas e que garantem ao mesmo tempo uma rápida empregabilidade aos formandos».

No que respeita à internacionalização do sector, «o maior handicap é a falta de escala das empresas; uma vez que o tecido empresarial português é particularmente avesso a fusões e aquisições, a internacionalização deste tipo de empresas terá que passar forçosamente pelo estabelecimento de parcerias que permitam gerar sinergias particularmente a nível de promoção e comunicação e é para fazer essa ponte que entra a AIPI».

«A mensagem que tentamos passar na nossa comunicação internacional é a da nossa flexibilidade e soluções à medida. Não podemos obviamente competir internacionalmente pelo preço nem pelas quantidades pelo que a nossa diferenciação reside na rapidez de resposta às encomendas, na produção de peças únicas feitas à medida de cada cliente, em produções limitadas de valor acrescentado», sustenta.

Para o presidente da AIPI, a presença nas feiras internacionais «é fulcral, uma vez que continuam a ser a principal ferramenta de venda para as empresas do sector permitindo não só o contacto pessoal com os clientes existentes mas principalmente na obtenção de novos contactos e de novas oportunidades junto de novos clientes».

«Os resultados do sector reflectem esse esforço pois a respectiva quota exportadora passou de pouco significativa no final dos anos 90 para se encontrar hoje acima dos 60%», acrescenta.

Modesto Castro relembra que, em 2018, a AIPI irá organizar participações colectivas de empresas portuguesas às feiras Maison & Object em Paris (Janeiro e Setembro), Light & Building em Frankfurt (Março) e Valência (Setembro).

A associação vai ainda efectuar uma Missão Empresarial ao Dubai, onde aproveitaremos para visitar a feira Hotel Show, em Setembro.

(continua)

Artigo publicado na edição impressa de Março de 2018, no âmbito do dossier Electricidade, dedicado ao tema da Iluminação.

Caso queira aceder à versão integral, solicite a edição, e contacte-nos através do telefone 21 761 57 20 ou do e-mail oinstalador@gmail.com.

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