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Alterações climáticas vão tornar cultivo do eucalipto impraticável a sul do Tejo

Revista O Instalador05/11/2018
As alterações climáticas poderão tornar o cultivo do eucalipto «virtualmente impraticável» no Sul e em algumas zonas do Centro, o que poderá levar a um aumento das plantações no Norte, conclui um estudo.
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Segundo as projecções do estudo, em particular no pior cenário possível de alterações climáticas, «o cultivo de eucalipto será virtualmente impraticável na metade Sul do país», disse à agência Lusa Ernesto de Deus, investigador do Centro de Ecologia Aplicada da Universidade de Lisboa e um dos autores do artigo científico que conta com a participação de cientistas de instituições de Coimbra, Porto e Madrid.

Num momento em que o Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas refere que o mundo está actualmente no trajecto do pior cenário, o estudo procurou perceber os impactos das alterações climáticas nas plantações de eucaliptos e os possíveis conflitos futuros com áreas inscritas na Rede Natura 2000 na Península Ibérica.

No pior cenário, para além do sul do país, também parte do distrito de Castelo Branco e da zona do Médio Tejo poderá perder a capacidade para o cultivo do eucalipto face às alterações climáticas no espaço de 30 anos.

Quando as projecções são calculadas até 2070, a área propícia para o cultivo desta espécie reduz-se ainda mais na zona sul da região Centro.

«A confirmarem-se as nossas projecções, várias regiões onde actualmente as plantações proliferam tornar-se-ão pouco aptas para o cultivo desta espécie. Colocamos a hipótese destas plantações serem abandonadas, à semelhança do que vemos com frequência por todo o país. No entanto, a espécie de eucalipto utilizada em Portugal resiste a uma grande amplitude de condições ambientais e, portanto, é possível que, apesar de fraca produtividade, os indivíduos desta espécie sobrevivam», sublinha Ernesto de Deus.

No estudo publicado no Journal For Nature Conservation, os investigadores notam que, em 2070, espera-se uma redução para 55% do território onde há boa capacidade de cultivo do eucalipto actualmente. No entanto, nos dois cenários usados para as projecções, haverá um aumento da capacidade de cultivo de eucalipto no noroeste e norte da península, até ao Mar Cantábrico.

Para além de um impacto negativo no cultivo de eucalipto a Sul, as alterações climáticas deverão implicar um aumento das plantações a Norte, que deve ser acompanhada por uma migração forçada de várias espécies animais e vegetais.

Estas possíveis dinâmicas projectadas pelo estudo reforçam também a necessidade “de criação de novas áreas protegidas nas regiões a norte” do país, realça Ernesto de Deus.

Face a estas previsões - aumento de produtividade do eucalipto a norte e migração de espécies para essa região - as análises dos investigadores indicam que os conflitos entre plantações e áreas de elevada biodiversidade vão aumentar em algumas regiões, nomeadamente no Norte, por forma a suster uma possível quebra da exploração de eucalipto a Sul.

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