A junção dos quatro telescópios, que se localizam no Observatório Europeu do Sul (ESO), levou à criação de um «único telescópio gigante», o maior da actualidade relativamente ao poder colector (medição da quantidade de luz captada pelo telescópio), conseguindo medir o equivalente ao de um telescópio de 16 metros de diâmetro, lê-se na nota informativa.
Este resultado, continua o comunicado, foi possível graças à 'coudé train', uma componente do espetrógrafo (instrumento que decompõe a luz nas suas várias cores) Espresso, construída pela equipa portuguesa, que engloba investigadores do IA.
A 'coudé train' é composta por nove elementos ópticos «de qualidade excepcional», que levam a luz desde os telescópios até ao espectrógrafo, com o mínimo de perdas, ao longo de um trajecto com 60 metros, acrescenta o comunicado.
O Espresso tem por objectivo procurar e detectar planetas parecidos com a Terra, capazes de suportar vida, bem como testar a estabilidade das constantes fundamentais do Universo, com recurso ao Método das Velocidades Radiais.
Este método permite detectar exoplanetas (planetas fora do Sistema Solar) através de pequenas variações na velocidade (radial) das estrelas.
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