Texto: José Alex Gandum
Um estudo publicado recentemente na revista 'Nature' simula os efeitos, sob as atuais políticas climáticas, que as duas camadas de gelo derretido terão nas temperaturas oceânicas e nos padrões de circulação das correntes marinhas, bem como nas temperaturas do ar até ao ano 2100.
O professor Nick Golledge, do Centro de Pesquisa da Antártida da Universidade Victoria, de Wellington, na Nova Zelândia, advertiu que «sob as atuais políticas dos governos mundiais, estamos caminhando para 3 ou 4 graus de aquecimento global acima dos níveis pré-industriais, o que faz com que uma quantidade significativa de água derretida das geleiras da Gronelândia e da Antártida entre nos oceanos», acrescentando que «segundo os nossos modelos, essa água derretida causará interrupções significativas nas correntes oceânicas e mudará os níveis de aquecimento global».
O grupo de investigação combinou simulações altamente detalhadas dos complexos efeitos climáticos da fusão com observações por satélite de mudanças recentes nas camadas de gelo. Como resultado, os cientistas conseguiram criar previsões mais confiáveis e precisas do que acontecerá com as atuais políticas climáticas.
Ainda segundo os investigadores, as atuais políticas climáticas globais estabelecidas no Acordo de Paris não levam em linha de conta os efeitos totais do derretimento da camada de gelo que provavelmente será visto no futuro. O professor Golledge termina, referindo que «o aumento do nível do mar devido ao derretimento da camada de gelo já está ocorrendo e acelerou nos últimos anos, e as nossas experiências mostram que isso continuarºa até certo ponto, mesmo se o clima da Terra vier a ficar estabilizado. Portanto, só reduzindo drasticamente as emissões podemos limitar os impactos no futuro».
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