"Portugal é um dos países europeus que mais sofre com as consequências das alterações climáticas. Como resultado da subida do nível do mar, nos últimos anos, já perdemos 13 quilómetros quadrados de área costeira”, afirma João Pedro Matos Fernandes, na carta de boas vindas à ativista, enviada às redações.
"No Sul, a seca é crónica e teremos de aprender a adaptar os nossos recursos”, explicou também.
Segundo fonte do ministério, a carta foi enviada a Greta Thunberg via email e só este domingo o gabinete de Matos Fernandes teve a confirmação de que a jovem sueca recebeu a missiva.
"Bem vinda a Portugal, o primeiro país do mundo a assumir o compromisso de alcançar a neutralidade de carbono em 2050”, começa a carta, escrita em inglês, na qual é sublinhado que 54% do consumo elétrico do país já provém de energias renováveis.
Matos Fernandes explicou ainda à jovem que estão em andamento projetos para o encerramento das duas últimas fábricas de carvão no país, uma em 2021 e a última em 2023 e refere também que pretende, até 2030, alcançar 50% de redução do total de emissões de gases com efeito de estufa, sublinhando que não existe em Portugal “qualquer central nuclear”.
O ministro do Ambiente agradece ainda o ativismo da jovem na medida em que sensibiliza “muitas pessoas, desde jovens a gerações mais velhas, para o maior desafio dos nossos tempos”.
A carta de Matos Fernandes termina com o ministro a reafirmar que Portugal tem “uma estratégia muito ambiciosa, que segue com rigor tratando o problema como atual e não de futuro”.
A ativista ambiental sueca Greta Thunberg anunciou no sábado que a sua chegada a Lisboa está prevista para a manhã de terça-feira, antes de viajar para a capital espanhola para participar na cimeira sobre as Alterações Climáticas (COP25).
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