A energia eólica produziu 15% da eletricidade consumida na Europa em 2019, ano em que foram instalados geradores adicionais com capacidade de 15 gigawatts (GW), informou recentemente a associação WindEurope, observando que o progresso é insuficiente cumprir o Pacto Verde europeu.
O velho continente já possui 205 GW de capacidade eólica um recorde em termos de instalações, sobretudo devido ao lançamento no ano passado de 15,4 GW, dos quais 3,6 GW nas plataformas que foram levantadas ao longo da costa.
Em 2019, essa energia cobriu 15% da procura da eletricidade na UE dos 28 Estados-membros (depois de cobrir 14% em 2018 e 11,6% em 2017, com fortes disparidades entre os países).
O Reino Unido liderou, com 2,4 GW instalados em terra e no mar, seguido pela Espanha com 2,3 GW de terra, um salto inédito em desde 2009.
Segue-se a Alemanha, com 2,2 GW em terra e mar, e Suécia e França, com 1,6 GW e 1,3 GW, respetivamente, apenas em terra.
A Alemanha, que foi o motor do continente durante muito tempo, está em declínio: o nível de novas conexões com parques eólicos offshore foi o mais baixo desde 2000 (1,1 GW), sublinhou a WindEurope.
A Alemanha “anunciou muito poucos novos investimentos e indicou que o ano que vem não será muito melhor”, afirmou a associação.
No total, houve mais 27% de novas instalações em comparação com 2018, a segunda melhor marca registada. No entanto, esse ritmo “devia ser duplicado para se alcançar os objetivos” do Pacto Verde da Comissão Europeia e as metas da neutralidade carbónica em 2050, alerta o WindEurope.
“A Europa não constrói parques eólicos suficientes”, disse o presidente daquela associação, Giles Dickson. A expansão dessa energia “requer uma nova abordagem, em termos de planeamento e concessões, mas também de investimentos contínuos nas redes. Cabe à UE garantir que elas são ambiciosas e concretas”, acrescentou Dickson.
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