Portugal Renewable Energy Summit 2020: revista O Instalador foi media partner do evento
Coube a António Costa e Silva encerrar a conferência da Associação Portuguesa de Energias Renováveis - APREN, a Portugal Renewable Energy Summit 2020, que deu voz a todos os players do setor com o objetivo de analisar o panorama atual e futuro da Eletricidade Renovável em Portugal.
Pedro Amaral Jorge, CEO da APREN, sublinha a descarbonização da economia enquanto ferramenta essencial no combate às alterações climáticas e como vetor de recuperação económica europeia e nacional, e pede estabilidade regulatória e alinhamento claro entre a política energética e a política fiscal para fomentar investimento no setor.
António Costa Silva, responsável pelo plano estratégico do Governo até 2030, descreveu assim a acelerada mudança que vive o setor da energia a nível mundial, durante o Portugal Renewable Energy Summit. Fechou com chave de ouro a conferência organizada pela APREN – Associação Portuguesa de Energias Renováveis, que decorreu a 6 e 7 de outubro, com emissão a partir da Culturgest, em Lisboa.
António Costa e Silva foi um dos cerca de 40 oradores que participou na Portugal Renewable Energy Summit 2020. A conferência anual da APREN, pela primeira vez emitida em formato misto (com participação remota de quase 500 pessoas e emissão em direto da Culturgest, em Lisboa) foi palco de discussão de vários assuntos de importância para o setor.
Após um vídeo introdutório de Kadri Simson, Comissária Europeia para a Energia, coube a Paula Abreu Marques (Chefe da Unidade de Política de Renováveis e CCS da Comissão Europeia), Giles Dickson (WindEurope), Walburga Hemetsberger (SolarPower Europe) e Dörte Fouquet (EREF) a análise do Green Deal e as suas repercussões para a estratégia europeia.
No segundo painel, estiveram em análise os desafios e perspetivas para o mercado ibérico, pela mão de Pedro Amaral Jorge (APREN), José Donoso (UNEF) e Juan Virgílio Márquez (AEE), ao qual se seguiu uma conversa com os eurodeputados Maria da Graça Carvalho e Carlos Zorrinho sobre o papel do Green Deal na recuperação económica.
Duarte Caro de Sousa (ENGIE Hemera), Luís Pinho (Helexia), Carlos Sampaio (Elergone), João Macedo (Akuo), Inês Campos (Coopérnico) e Francisco Ramos Pinto (Resul) debateram em seguida a importância da pequena escala e de outros modelos de negócio para a descarbonização, ao qual se seguiu um painel totalmente dedicado a um dos temas mais importantes da atualidade energética: o Hidrogénio Verde.
Neste painel, após uma apresentação inicial de Christian Pho Duc (Smartenergy), coube a João Amaral (Voltalia), Salvador Malheiro (PSD), João Cunha (Smartenergy), Nélson Lage (ADENE), Teresa Ponce de Leão (LNEG) e Alcibíades Paulo Guedes (INEGI) o debate sobre o tema.
O último painel da conferência, dedicado aos principais desafios do mercado português de eletricidade renovável contou com a participação de Raoul Filaine (TrustWind), Pedro Norton (Finerge), Álvaro Brandão Pinto (Generg) e Rui Teixeira (EDP), e com uma apresentação por parte de António Costa e Silva, autor do Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica de Portugal 2020-2030.
Pedro Amaral Jorge, CEO da APREN, sublinha a descarbonização da economia enquanto ferramenta essencial no combate às alterações climáticas e como vetor de recuperação económica europeia e nacional, e pede estabilidade regulatória e alinhamento claro entre a política energética e a política fiscal para fomentar investimento no setor
Pedro Amaral Jorge, CEO da APREN, refere que "o tema da geração de eletricidade renovável no centro da Descarbonização pretende mostrar a imperiosa necessidade de reforçarmos o combate às alterações climáticas, começando pela descarbonização do setor e sistema energético europeu".
"Exemplo disso mesmo é o Green Deal, no qual a Comissão Europeia centra a sua agenda para os próximos quatro anos. De facto, a descarbonização da economia é 'a' ferramenta por excelência no combate às alterações climáticas, e como vetor de recuperação económica europeia e nacional, bem como vetor de criação e desenvolvimento de um novo modelo socioeconómico, descorrelacionado do consumo intensivo de recursos naturais, entre eles e de maior urgência, os combustíveis fósseis", salientou.
E acrescentou: "a Electricidade Renovável contribuirá significativamente para chegarmos à neutralidade carbónica e para o desenvolvimento de uma sociedade mais consciente das consequências das alterações climáticas. Como pilar socioeconómico fundamental para a cidadania, irá disponibilizar aconselhamento no que toca à alteração de comportamentos, costumes e hábitos de consumo mais sustentáveis, já que a descarbonização e a transição energética têm de ser para as pessoas, com as pessoas. Por outro lado, os montantes de investimento necessário a ser realizado pelo setor privado, nomeadamente famílias e empresas, para implementação das metas do PNEC 2030 e da EN-H2 até 2030, requerem um investimento que rondará, no mínimo os 25 mil milhões de euros. A captação deste investimento para Portugal em condições favoráveis à economia nacional, aos cidadãos e aos consumidores de eletricidade, requer que haja estabilidade regulatória e um alinhamento claro entre a política energética e a política fiscal. Devem, por isso, ser dados os sinais e incentivos claros e necessários na direção certa rumo à neutralidade carbónica em 2050".
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