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Para garantir evolução sustentável da Terra

dstelecom lidera projeto MIT Portugal no valor de 1,7 milhões de euros

O Instalador23/10/2020
Projeto K2D visa detetar, em tempo real, os sinais vitais da Terra e dos oceanos através da sensorização remota em cabos submarinos.
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O K2D, acrónimo de Knowledge and Data from the Deep to Space, é o nome do projeto de investigação, no valor de 1.7 milhões de euros, que a dstelecom, em parceria com entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional e o MIT, se propõe desenvolver ao longo dos próximos três anos, no âmbito do Programa MIT Portugal, correspondendo ao desafio de garantir a evolução sustentável da terra, através da monitorização dos sistemas terrestres, antecipando as suas falhas críticas.

O K2D aborda esse desafio “propondo o desenvolvimento de um sistema de monitorização de escala global e totalmente disruptivo para os oceanos, desde as profundezas até à superfície, através da sensorização remota e informações de satélite, que permitam um conhecimento holístico dos sistemas globais da terra”, avança a dstelecom.
Os desafios debaixo de água e, em particular, a profundidades extremas, são enormes e a exposição ambiental excessivamente hostil para abordagens de sensorização convencional, o que as torna extremamente dispendiosas e inviabiliza qualquer tentativa de estender as abordagens de monitorização atualmente disponíveis para a atmosfera aos oceanos. Por isso, o “K2D propõe-se tirar partido da já existente infraestrutura generalizada de cabos submarinos de comunicações e transporte de energia para produzir uma rede de deteção contínua e em tempo real dos sinais vitais da terra e, em particular, dos oceanos”, acrescenta.
A metodologia implica o desenvolvimento de um conjunto sinérgico de componentes, que permita a recolha de dados extensos e complexos dos oceanos, incluindo variáveis físicas, químicas, biológicas e ambientais e a combinação da informação acústica e DNA ambiental com outras fontes de dados, para além de modelação avançada de geoinformática hibridizada com ferramentas de inteligência artificial para enriquecer modelos de informação geoespacial e temporal. A análise da informação permitirá “descrever e antecipar padrões de saúde anormais e atividades humanas, principalmente aquelas mais propensas a riscos e eventos extremos”.

O projeto prevê ainda a implementação, como componente, de AUVs - Autonomous Underwater Vehicle –, capazes de transportar sensores para áreas remotas, proporcionando a recolha de dados, de forma eficiente, nos oceanos. “A amostragem simultânea de variáveis oceânicas, em diferentes locais, contribui para uma melhor compreensão dos fenómenos que podem ocorrer nos oceanos, fornecendo dados valiosos”, reforça a empresa de telecomunicações.

Também a conectividade surge como premissa do K2D, ao habilitar repetidores de cabos óticos com comunicações wireless, fornecendo uma linha de comunicação para a terra e assistência em termos de navegação.

“Vamos trabalhar em novas capacidades para os repetidores, incluindo comunicação acústica (longo alcance), comunicação ótica de alta velocidade (curto alcance), sinalização acústica para a assistência de navegação e sensores em tempo real integrados e pontos de carregamento", conclui dstelecom.

A Universidade do Minho (através dos centros de investigação IBS - Instituto de Ciência e Inovação para a Bio-Sustentabilidade, ISISE - Institute for Sustainability and Innovation in Structural Engineering e CMEMS - Center for MicroElectroMechanics Systems), o INESC TEC, o MIT - Massachusetts Institute of Technology, a Universidade dos Açores, a Cintal - Centro de Investigação Tecnológica do Algarve, a AIR Centre - Associação para o desenvolvimento do Atlantic International Research Centre e a ASN – Alcatel Submarine Networks fazem parte da lista de parceiros envolvidos neste projeto.

Este não é o único projeto de investigação do Programa MIT Portugal com cunho da dstelecom, dado que a empresa de telecomunicações está também envolvida no projeto Aeros Constellation, que visa o desenvolvimento de uma plataforma nano satélite como um precursor de uma futura constelação para explorar, monitorizar e valorizar os oceanos e o espaço, de uma forma sustentável, e assim alavancar as sinergias científicas e económicas.

Recorde-se que o K2D e o Aeros Constellation foram aprovado no âmbito de uma call para projetos flagship do MIT.

Com este desafio redobrado, a dstelecom é a única empresa portuguesa que colabora em mais de um projeto em simultâneo.

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