A fábrica Porcelanas Costa Verde nasce em 1992 na Zona Industrial de Vagos, em Aveiro.
Há 28 anos que transforma minerais para formar a porcelana – a rainha das cerâmicas – que apresenta mais elegância, resistência, durabilidade, impermeabilidade e baixa porosidade.
O processo inicia com uma primeira cozedura a 1000ºC, num ciclo até 18 horas, para de seguida, depois de vidradas, as peças serem de novo cozidas a uma temperatura até 1400°C, até obtenção da Porcelana.
Ao longo dos anos, a Costa Verde tem tido um crescimento sustentado, através da grande aposta na qualidade, inovação e sustentabilidade, tornando-se numa das mais modernas empresas do setor a nível europeu. Passou a exportar cerca de 75% do seu produto para os quatro cantos do mundo, nos setores da hotelaria, restauração e doméstico.
As questões de sustentabilidade na Costa Verde há muito que são um fator de competitividade e ao longo dos anos, têm sido implementadas várias normas internacionais: qualidade, energia, ambiente, saúde, segurança, responsabilidade social e IDI (inovação e desenvolvimento), tendo realizados projetos de inovação em parceria com universidades portuguesas.
Com uma produção industrial e consumos energéticos intensivos, em 2017 fortaleceu a sua política energética através da parceria com a Helexia para a instalação de uma central fotovoltaica na cobertura da fábrica, com remoção da cobertura existente, em fibrocimento.
A instalação da central solar e outras medidas de eficiência energética, permitiram a Costa Verde tornar-se mais eficiente e competitiva “através da redução dos custos em energia mas igualmente a redução de cerca de 620 toneladas de CO2/ano que foi importante para tornar a Costa Verde uma marca de referência e preferência de clientes internacionais que valorizam o percurso de sustentabilidade, com varias ações e certificações implementadas”, conta Francisco Proença.
São vários os projetos desenvolvidos e a aproximação com parceiro e universo académico, alavanca os meios necessários para inovar. Destacam-se dois projetos:
Projeto Minimum
Um projeto de Economia Circular desenvolvido no âmbito do projeto Europeu InEDIC – Inovação e Ecodesign para a Industria Cerâmica. Este projeto desenvolvido com vários parceiros* é um produto de cozinha multifuncional em porcelana, com peças de diversas tipologias, que podem ser utilizadas no armazenamento de alimentos, aquecimento no forno e micro-ondas e para servir à mesa. Integra várias estratégias de Eco-design no seu desenvolvimento e apresenta como principais características a multifuncionalidade, a maior eficiência energética na produção (eliminação de uma operação de cozedura), a minimização do uso de substâncias perigosas e a recuperação e reutilização de cerca de 90% de material reciclado, recolhido das lamas da ETAR – Estação de Tratamento de Águas Residuais.
Projeto 'PrintCer3D'
Realizado em consórcio com a Universidade de Aveiro e outros parceiros** e que consiste na produção rápida de produtos de porcelana por impressão tridimensional. Francisco Proença explica-nos com entusiasmo que “a impressão 3D é o futuro, várias indústrias, como a aeronáutica e automóvel já fazem uso desta tecnologia. Na indústria da Porcelana fomos os pioneiros em Portugal, com a primeira impressora 3D a chegar à Costa Verde em 2004. Portanto, já trabalhamos este processo há muito anos. A sua grande vantagem é a possibilidade de fazer peças únicas em que desperdício no seu fabrico é quase nulo, é tudo aproveitado”.
Numa economia global e exigente, o reforço das vantagens competitivas só pode ser conseguido através do conhecimento técnico e científico e inovação.
A trajetória de inovação e sustentabilidade da Costa Verde tem sido sem dúvida um grande impacte positivo nesta indústria através dos inúmeros projetos e ações que têm implementado ao longo dos anos. Francisco Proença, deixa uma mensagem de incentivo às empresas e negócios para pensarem e agirem sobre a importância e relevância da implementação de boas práticas de sustentabilidade e inovação. Rever as políticas energéticas da indústria e implementar centrais de produção de energia limpa e medidas de eficiência energética reduzem os custos operacionais e tornam as organizações mais competitivas.
“Quem quiser avançar e progredir nos negócios, terá que ser certificado e fazer uma aposta na sustentabilidade. A implementação de certificações através de normas internacionais trazem disciplina aos nossos processos e fazem-nos progredir. Além de que o mercado internacional assim o exige. Temos clientes internacionais que vêm auditar o nosso trabalho para garantirem padrões de qualidade, de segurança ou responsabilidade social”, conclui.
*Parceiros envolvidos no projeto Minimum:
**Parceiros envolvidos no projeto PrintCer3D:
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