O GP 21 é o mais recente modelo do Projeto de Sustentabilidade Energética Móvel (PSEM) do Instituto Superior Técnico. O novo modelo foi apresentado no passado dia 21 de dezembro, num evento virtual, e tem tudo para levar a equipa do PSEM a bater recordes e alcançar vitórias.
“O GP21 é um dos veículos mais sofisticados da Greenpower. Se já o GP17 estava ao nível do veículo da Jaguar-Land Rover e de um dos da Renishaw, duas grandes empresas britânicas, então prevemos que o GP21 já lhes esteja à frente”, começa por realçar Vítor Teixeira, líder da equipa do PSEM.
Apesar do modelo resumir até agora apenas ao estirador, são muitas as expetativas e sonhos em torno deste modelo: “é impossível pôr por palavras o estado de êxtase com que estávamos ao revelar o carro e ao ver a apresentação do mesmo”, assume o líder da equipa.
Com uma componente estrutural única, o novo modelo terá uma carbon tub – uma peça única em fibra de carbono – que lhe confere uma rigidez superior aos seus antecessores, ao mesmo tempo que reduz o peso do GP21.
“Em termos dos seus componentes, a nossa aerodinâmica é das mais eficientes de toda a competição, pelo que o veículo apenas tem 5 Newton de drag [resistência aerodinâmica em português]”, releva Vítor Teixeira. “Voltámos a implementar um volante que agora conta com um amortecedor linear para suavizar ainda mais a direção. E a nossa transmissão é 60% mais leve que a do GP19”, acrescenta.
Para a equipa de alunos do Técnico, este novo modelo é uma “espécie de renascer das cinzas”, após uma época (2018/2019) “bastante difícil” em que a equipa não conseguiu ter o modelo pronto a tempo de disputar as provas do Greenpower Challenge.
Além do design do GP21, ao longo da época a equipa de alunos centrou-se também na otimização do GP19. “Tivemos sorte porque conseguimos analisar os seus componentes e prosseguir com a sua maquinação ainda antes da quarentena”, confessa Vítor Teixeira.
“A fase seguinte foi de progresso lento, naturalmente, pois ficou marcada por uma época de adaptação. Foi uma fase difícil e digo isto do ponto de vista humano e não do projeto, porque todos os membros estavam a habituar-se a uma nova rotina em que não conviviam com os colegas de equipa e de curso e, ao mesmo tempo, estavam a adaptar-se a métodos de avaliação bastante voláteis, por assim dizer”, recorda o aluno. A verdade é que, ainda que com algumas protelações, todas as dificuldades foram ultrapassadas.
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