A Eaton, empresa de gestão de energia, alerta para a fragilidade dos sistemas operacionais dos edifícios e casas, como os sistemas de aquecimento, ar condicionado e ventilação, iluminação e sistemas inteligentes de segurança de edifícios, entre outros elementos funcionais de gestão de edifícios com controlos lógicos programáveis (PLCs), hoje muito expostos a ciberataques.
À medida que os dias passam, há mais dispositivos interligados e mais redes operacionais, que embora seja uma coisa positiva para o desenvolvimento industrial, tem também certos aspetos negativos, tais como a existência crescente de pontos potencialmente vulneráveis aos ciberataques. De acordo com as previsões da MarketsandMarkets, o IIoT terá um crescimento médio anual de 7,4% entre 2020 e 2025, o que elevará o volume de negócios para 110.600 milhões de dólares até 2025.
Os sistemas de gestão centralizada da tecnologia operacional são uma das áreas onde a digitalização da indústria está a fazer mais progressos.
À medida que as capacidades de computação e de ligação em rede se tornam mais rápidas e mais baratas, estamos a assistir a um número crescente de produtos que são concebidos para um ambiente IIoT. Por exemplo, os sistemas de iluminação de emergência ligados podem oferecer grandes benefícios, tais como serem ativados quando certas áreas do edifício estão a ser utilizadas, reportar com precisão quando ocorrem falhas, ou serem operados remotamente.
Na verdade, não seria a primeira vez que isto acontecia. Em 2014, os sistemas de aquecimento, ventilação e ar condicionado foram utilizados como ponto de acesso num ciberataque que levou a que 110 milhões de clientes da empresa americana Target ficassem com os seus dados potencialmente comprometidos.
Para José Antonio Afonso, "estamos habituados a esperar que o software e hardware de TI estejam em conformidade com normas rigorosas para manter os dados vitais seguros em áreas como comunicações encriptadas ou palavras-passe. medida que a infraestrutura industrial se torna muito mais interligada entre si, precisamos de assegurar que as normas e as melhores práticas estejam em vigor para manter também a tecnologia operacional segura”.
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