Revistas O Instalador e Novoperfil são parceiras do Future Energy Leaders Portugal
Evento é uma iniciativa dos Future Energy Leaders Portugal, realizada com o apoio da Associação Portuguesa da Energia, e realizou-se a 21 de abril, em formato online.
O evento registou a presença de aproximadamente 240 participantes e contou com a moderação de Ana Gomes e Ana Sousa membros do FEL.PT, e com as intervenções de Pedro Ernesto Ferreira, Presidente do FEL.PT, André Pina, Diretor Associado de Estratégia de H2 - EDP Renováveis, Hugo Campelo, Diretor Transversal de Tecnologia das Áreas de Sistemas - Efacec, Paulo Marques, Director Técnico – CaetanoBus, Rui Costa Neto, Investigador no Instituto Superior Técnico, da Universidade de Lisboa e Jorge Cruz Morais, Presidente da Direção da APE.
Na sua intervenção André Pina (EDP) salientou que "a eletricidade e hidrogénio de origem renovável podem vir a representar 75 % dos consumos finais de energia da União Europeia, pelo que o investimento português na economia de hidrogénio é essencial".
André Pina destacou, ainda, o know-how nacional nesta área e os mais recentes projetos de investigação em H2 da EDP. Frisou, também, o papel importante do hidrogénio no setor dos transportes, posição reforçada mais à frente, na intervenção de Paulo Marques.
Na opinião de Paulo Marques (CaetanoBUS), para que Portugal consiga reduzir as emissões de CO2 em 40 % até 2030 e atingir a neutralidade carbónica em 2050, é necessário continuar a investir na redução de emissões, com transportes mais limpos.
Paulo Marques enfatizou não apenas as vantagens ambientais, mas também de conforto dos veículos movidos a hidrogénio, quando comparados com veículos convencionais. Na sua intervenção destacou o veículo H2.CityGold desenvolvido pela CaetanoBus.
Para Hugo Capelo (Efacec), uma Economia de H2 implica uma transformação profunda de equipamentos, serviços e infra-estruturas que, no entanto, se traduzirão em ganhos nacionais bastante significativos.
No que respeita à segurança energética, Hugo Capelo destaca a redução de importações de combustíveis fósseis e de produtos químicos, como resultado do investimento em H2. No âmbito equidade energética destacou o aumento de vetores e fontes energéticas e ao nível de sustentabilidade ambiental salientou o papel do H2 na descarbonização dos setores industriais e da mobilidade.
Rui Costa Neto (Instituto Superior Técnico) reforçou que o H2 não é apenas o futuro do setor energético, mas uma força motriz para o desenvolvimento do país.
Segundo a análise do investigador, já considerada conservadora em 2019, as receitais anuais resultantes da produção de H2 e O2 correspondiam a perto de 900 milhões de euros, o que pode ser muito potenciado num futuro próximo.
Rui Costa Neto destacou ainda o papel atual do H2 em camadas muito diversas da economia nacional, como a produção de gases para uso hospitalar, pasta de papel, síntese química, metalurgia, entre outras.
Os oradores foram unânimes na expectativa de uma grande redução do custo da produção de hidrogénio até 2030, o que irá tornar este vetor energético altamente competitivo para a economia nacional.
Para o Presidente dos FEL.PT, Pedro Ernesto Ferreira, “este ciclo de debates pretende ser um veículo para promover a discussão e o diálogo energético em Portugal, permitindo a reflexão sobre assuntos ligados à evolução do setor. A 1º sessão 'H2: que futuro na transição?' foi um sucesso e destaco a diversidade do painel que tivemos. Os oradores apresentaram-nos os impactos que o H2 poderá ter nos transportes e no sistema energético nacional. No entanto, ficou claro que o H2 representa uma oportunidade para o setor evoluir e para Portugal atingir os objetivos a que se propôs no seu Roteiro para a Neutralidade Carbónica até 2050".
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