Solar distribuído terá grande impacto na gestão e operação das redes de distribuição de energia - especialistas
Conclusão saiu do evento 'Energia em Debate' que debateu o 'Potencial do Solar Distribuído'
No passado dia 30 de junho, realizou-se mais uma edição do projeto 'Energia em Debate' dos Future Energy Leaders Portugal, desta vez dedicada à discussão do 'Potencial do Solar Distribuído'.
Nesta iniciativa, que contou com o apoio da Associação Portuguesa da Energia, foram quatro os oradores convidados: João Amaral, CTO da Voltalia, Alexandre Kisslinger, CEO da Acciona Energia Portugal, João Peças Lopes, Professor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e Pedro Amaral Jorge, Vice-Presidente da APE e Presidente da APREN.
Neste debate concluiu-se que a integração do solar distribuído no esforço de descarbonização vai influenciar a forma como hoje é gerida e operada a rede de distribuição de energia:
- As previsões apontam um total de 245 MW em Unidades de Produção para Autoconsumo e 170 MW em Unidades de Mini e Microgeração em 2021.
- As comunidades de energia e trading regional ou local vão ser necessárias para flexibilizar e otimizar a gestão entre a procura e oferta de energia, permitindo que o consumidor tenha um papel central e decisivo na gestão dos consumos.
- A disrupção do setor do armazenamento distribuído assume uma importância acrescida por forma a facilitar a integração de painéis fotovoltaicos distribuídos nas redes de energia de baixa e média tensão.
- O aumento da digitalização no setor energético está intimamente relacionado com a produção distribuída e irá permitir contratos inteligentes entre o consumidor e o comercializador. Contudo os riscos inerentes à cibersegurança e o aumento dos ataques informáticos, dada a dispersão entre sistemas e hardware, são um fator de preocupação.
A Secretária-Geral do programa Future Energy Leaders Portugal, Ana Luís de Sousa, afirmou: “o debate sobre o Potencial do Solar Distribuído contribuiu para a reflexão sobre o impacto que o autoconsumo e produção distribuída poderá ter nos três pilares do Trilema Energético Português: segurança energética, equidade e sustentabilidade ambiental. Este evento contou com a presença de um painel extraordinário de especialistas convidados, tendo permitido uma reflexão sobre as oportunidades e desafios rumo à sustentabilidade da Energia em Portugal”.