Será a VMC coletiva uma solução atual?

Foi muito bem-sucedida esta solução de ventilação, pois economizava espaço (um só tubo por prumada) e um só ventilador na cobertura em vez de um motor de exaustor ruidoso na cozinha.

Para redução do consumo de energia o ventilador funcionava apenas nas ‘horas de ponta’. Então, quem pretendesse cozinhar fora deste horário não tinha ventilação, o que ocasionou algum descontentamento. Passou a colocar-se um ventilador de duas velocidades em que a velocidade maior satisfaria as ditas 'horas de ponta' e a velocidade menor o restante horário, com ou sem funcionamento noturno.

Outra 'invenção' foi a ligação do esquentador e do exaustor no mesmo tubo o que obviamente não funcionava nem para um aparelho nem para o outro.

Mais tarde, a VMC vem a ser renomeada para Ventilação Mecânica Centralizada, o que faz muito mais sentido. Várias normas foram revistas e atualizadas entre as quais a NP 1037, nas suas várias partes, o que estabeleceu regras sobre os equipamentos a ligar à VMC e as suas caraterísticas.

Atualmente, além de uma evolução nos equipamentos e materiais, há mais empresas sensíveis às regras da boa arte e o nível da instalação subiu.

Assim, em vez dos tubos 'spiro' preparados em oficina com derivações (de modo a reduzir as necessidades de trabalho em obra), para ligação das hotes de cozinha, já existem conjuntos formados pelo tê de derivação e um tramo ajustável em comprimento, cuja montagem dispensa cortes em obra. Estes conjuntos podem ser em aço galvanizado ou em aço inox.

Outro passo não menos importante, foi a evolução dos motores AC para EC o que permite o ajuste correto da capacidade de ventilação à necessidade.

Seja qual for a hora da necessidade de ventilação, o ventilador responde, e também se ajusta ao número de utilizadores em simultâneo.

Por imposição regulamentar, a VMC duplo fluxo é cada vez mais utilizada a nível individual, no entanto também a nível coletivo a VMC duplo fluxo pode ser utilizada aplicando as soluções de tubagem concêntrica Jeremias, que permitem que o ar novo e o ar de exaustão circulem independentes nesses tubos concêntricos.

Em suma, a VMC, atualmente, é a solução que mais garantias oferece em termos económicos, de construção e segurança, e de eficiência energética com garantia de satisfação dos utilizadores. Por isso muitos gabinetes de arquitetura e engenharia já usam esta solução.