A última milha, nomeadamente o aumento verificado no comércio eletrónico não só fez aumentar o congestionamento do trânsito nas cidades como a correspondente emissão de CO2. Trata-se de um dado comprovado e descrito no recente relatório recente do World Economic Forum, que aponta este fenómeno como tendo um impacto negativo na qualidade de vida das pessoas.
Como refere a Mondial Relay a necessidade de satisfazer a procura pelo comércio eletrónico e entregas porta-a-porta tem obrigado ao aumento do número de veículos de entrega em circulação, que se estima que cresça em 36% até 2030 nas 100 maiores cidades do mundo caso não haja intervenções.
A solução poderá estar nas entregas não-domiciliárias. Estas, explica a empresa, propõem um serviço tão bom como as tradicionais entregas domiciliárias, mas sem as desvantagens que lhes são inerentes. “Isto inclui os impactos ambientais, mas também a qualidade do serviço para o cliente, que pode enviar e recolher as suas encomendas no momento e local que melhor lhe convier, otimizando as suas viagens e reduzindo os tempos de espera e as entregas falhadas.”
O aumento previsto do número de veículos de entrega em circulação nas 100 maiores cidades do mundo, de 5,3 milhões em 2019 para 7,2 milhões em 2030, traz consigo vários impactos ecológicos e sociais negativos. Do ponto de vista do trânsito, este aumento influencia, por exemplo, as condições de parqueamento, como o aumento do estacionamento em segunda-fila, condicionando ainda o fluxo normal do trânsito.
Sem esquecer o impacto que todas estas viaturas têm na lentidão do trânsito. A Mondial Relay refere mesmo que sem intervenções, prevê-se que nas 100 maiores cidades do mundo as entregas de última milha façam crescer o tempo médio passado em comuta em 21%, de 53 minutos em 2019 para 64 minutos em 2030 – um aumento de 11 minutos.
A par disso há ainda que contar com o aumento da poluição, seja a sonora ou a ar, assim como da emissão de gases com efeito de estufa. “Sem intervenções que travem a entrada destes novos veículos nas grandes cidades, os veículos irão emitir 6 milhões de toneladas adicionais de CO2, colocando uma pressão adicional sobre as cidades e os objetivos de descarbonização”, afirma a transportadora.
O que algumas empresas (de entregas) estão a fazer é investir em pontos de recolha e a substituir as viaturas alocadas à última milha seja por veículos elétricos ou mesmo pela chamada mobilidade suave. O objetivo é o de “reduzir as pressões que resultam das entregas de última milha, respondendo eficazmente ao congestionamento e reduzindo os impactos ambientais nas cidades sem deixar de proporcionar um serviço tão bom como as tracionais entregas domiciliárias”. No caso da Mondial Relay/InPost, por exemplo, a empresa já conta com mais de 500 pontos no mercado nacional, a partir dos quais é possível levantar e devolver facilmente as encomendas.
O baixo preço (barato ou grátis), a conveniência e não ter alguém em casa para receber as encomendas são as principais razões pelas quais os consumidores portugueses preferem o método de entrega em pontos de recolha face a outras soluções.
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