A Fundação Repsol, juntamente com a CIP-Confederação Empresarial de Portugal; a CHP-Câmara Hispano Portuguesa e a CCILE-Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola, promoveram a ‘Conferência Ibérica sobre mobilidade sustentável: desafios e oportunidades para a descarbonização da mobilidade’. O encontro teve lugar em Lisboa e visou analisar os fatores-chave para a progressão, no sentido de uma mobilidade sustentável e inteligente em Portugal e Espanha.
Por seu lado, o secretário de Estado da Mobilidade Urbana de Portugal salientou que “a mobilidade se encontra num segundo ponto de inflexão tecnológico, sendo evidente a necessidade de um salto disruptivo no modo como nos deslocamos e como transportamos pessoas e bens. O futuro da mobilidade será amigo do ambiente, partilhado, conec-tado e autónomo”.
Nas palavras do Presidente da Câmara de Lisboa, “existem três desafios essenciais. O económico, que deve assegurar que o crescimento é compatível com a redução de emissões. Crescer tem que ser compatível com o combate às alterações climáticas, e a Europa já provou que isso é possível, pois cresceu ao mesmo tempo que fez um esforço para reduzir emissões. O tecnológico, que através da ciência terá que resolver a questão dos custos de produção, e o social, pois é preciso consciencializar as pessoas para a necessidade desta mudança”.
O presidente da CIP indicou que “a viabilidade e a segurança futura da indústria auto-móvel na sua transformação para uma mobilidade sustentável foram sinalizadas como prioritárias”.
A primeira mesa redonda sobre inovação e digitalização para a mobilidade reuniu o presidente da EMEL (Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa), Luís Filipe Marques; a Diretora-Geral para o Planeamento e Infraestruturas de Mobilidade da Câmara Municipal de Madrid, Lola Ortiz; o Secretário-Geral da ABIMOTA (Associação Nacional das Indústrias de Duas Rodas), Gil Nadais; o responsável da INSIA (Instituto Universitário de Investigação Automóvel da Universidade Politécnica de Madrid), Felipe Jiménez; o representante de Alba Innovación da Petronor-Repsol, Aitor Arzuaga e o re-presentante do Conselho de Administração do INESC TEC (Instituto de Engenharia de Sistemas e Informática, Tecnologia e Ciência de Portugal), José Carlos Caldeira.
Os oradores concordaram com o trabalho rigoroso que está a ser realizado pela administração pública, o setor energético, a indústria dos transportes e a ciência para continuar a avançar no desenvolvimento de tecnologias e serviços para a descarbonização da mobilidade, especialmente através da digitalização, eficiência energética e novos combustíveis.
Neste bloco, ficou claro que o futuro da mobilidade vai exigir uma visão única, impulsionada pela neutralidade tecnológica e a ação coordenada de todos os agentes, juntamente com a sociedade, para alcançar os objetivos de descarbonização no quadro de uma transição energética justa e inclusiva, que não deixe ninguém para trás.
Posteriormente, o Presidente da AFIA (Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel), José Couto; o Secretário-Geral da ACAP (Associação Automóvel de Portugal), Hélder Pedro; o Diretor-Geral da ANFAC (Associação Nacional Espanhola de Fabricantes de Automóveis e Camiões), José López-Tafall; o Diretor Geral da SERNAUTO (Associação Espanhola de Fornecedores Automotivos), José Portilla, e a Vice-Presidente Executiva da FACONAUTO, Marta Blázquez, participaram na segunda mesa redonda, que se centrou nos desafios e oportunidades para o setor automóvel na descarbonização dos transportes na Península Ibérica.
Todos salientaram a força da indústria automóvel em Espanha e Portugal e o caminho a seguir para se tornarem numa referência na nova mobilidade do futuro: descarbonizada, sustentável, digitalizada e autónoma. Um processo que requer empenho, trabalho árduo e inovação ao longo de toda a cadeia de valor. Os participantes sublinharam que este é um desafio que está a ser enfrentado pela tecnologia, e para o qual é necessário promover uma regulamentação que preserve a competitividade e o emprego no setor automóvel.
Finalmente, o Presidente da CHP - Câmara de Comércio Hispano-Portuguesa, António Calçada, e o Presidente da Assembleia-Geral dos Membros da CCILE - Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola, Miguel Seco, destacaram a importância da colaboração entre Espanha e Portugal para a criação de novas soluções que permitam a ambos os países tornarem-se benchmarks na mobilidade do futuro. Ambos salientaram a força do setor automóvel e o compromisso das empresas e instituições para com a transição energética.
Esta conferência faz parte da Open Room, o espaço digital da Fundação Repsol centrado na promoção do debate e do conhecimento rigoroso sobre os requisitos para a transição energética. O vídeo completo do evento estará disponível gratuitamente no open-room.fundacionrepsol.com após a inscrição.
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