Entrevista com Amélia Estêvão, Diretora de Marketing da Exponor
“A Concreta vai continuar a contribuir para o alinhamento do mercado com as novas tendências”
Entre os dias 13 e 16 de outubro, a Concreta - Feira de arquitetura, construção, design e engenharia está de volta à Exponor. Amélia Estêvão, Diretora de Marketing da Exponor, antecipa o certame que tem como tema central a Economia Circular. Sobre as expectativas, a responsável refere que estas “passam por um aumento da oferta habitual por parte dos expositores bem como pelo número de visitantes”.
Concreta decorre de 13 a 16 de outubro, na Exponor.
Após dois anos de constrangimentos, que Concreta teremos em 2022 e qual o foco principal do certame?
A Concreta prepara-se para regressar com o tema ‘Economia Circular’ e com várias novidades, para promover as novas tendências da área da construção, arquitetura, design e engenharia do futuro no contexto nacional e internacional, através de novidades técnicas e tecnológicas, novas soluções e novos materiais. O palco passará pelas boas práticas nestes âmbitos, pela apresentação de soluções inovadoras para o mercado e por dar voz aos nomes emergentes do mercado.
Qual a estimativa de número de expositores (áreas e segmentos)?
Teremos expositores de várias áreas, em linha com a nossa aposta em trazer maior diversidade e oferta para o certame. Na edição de 2019, contamos com 323 expositores, pelo que, para a próxima edição, prevemos superar esse valor, sendo que contamos com grandes referências de áreas como Arquitetura, Construção, Design, Engenharia, Materiais de Construção, Ferramentas, Revestimentos e Acabamentos, Climatização, Jardim e Exterior, Cozinha e Banho e Serviços.
A nível de posicionamento, de que forma, e com que dinâmicas, irão interagir a Construção, a Engenharia, a Arquitetura e o Design ao longo de toda a feira?
A Concreta está organizada em diversas áreas, que permitem agregar áreas de atividade e dar palco tanto a novos players como aos nomes emergentes no mercado, criando um sistema acessível aos visitantes, mas, ao mesmo tempo, interativo entre si.
Um exemplo de uma dessas áreas, também novidade nesta feira, é o espaço Dream Lab, dedicado a startups ligadas à área da construção, arquitetura e design e às indústrias criativas como forma de valorização de novos talentos e de potencialização de oportunidades e as Praças Concreta, palco de práticas, técnicas e produtos originais que prometem marcar o futuro, onde serão realizados exercícios de provocação, de encontro e de reflexão.
Tendo em conta os atuais custos dos materiais na Construção, decorrentes da situação macroeconómica que se vive na Europa, como irá a Concreta ajudar a encontrar soluções para as empresas portuguesas?
Os impactos da inflação nas matérias-primas que servem à Construção é uma inevitabilidade à qual o mercado tem de se sujeitar. A intenção das feiras passa também pela apresentação dessa nova realidade aos profissionais, como forma de lhes permitir medir o pulso do mercado e de poderem, individualmente, criarem as suas próprias estratégias de relacionamento com os seus respetivos clientes. A possibilidade de criação de networking permite a discussão e a compreensão daquelas que são as tendências das áreas que participam na feira, o que levará, por sua vez, a que as empresas possam antecipar desafios e avaliar possíveis soluções.
Amélia Estêvão, Diretora de Marketing da Exponor, antecipa o certame.
Sobre as conferências e colóquios, o que nos pode adiantar, no que respeita a temas e reflexões?
Uma das novidades desta feira é precisamente o ciclo de conferências ‘Na Primeira Pessoa’, que pretende dar voz aos autores de projetos de arquitetura, engenharia ou design, que se distinguiram pela adoção de boas práticas de sustentabilidade e que são convidados a dar uma palestra de 30 minutos sobre um projeto em nome próprio. Até 16 de setembro será apresentado e divulgado o programa deste ciclo de conferências.
E+E Concreta
Fale-me um pouco da plataforma digital E+E Concreta e de que forma ela será útil aos profissionais e utilizadores?
A necessidade desta plataforma surgiu um pouco como resposta aos desafios levantados durante a pandemia. As nossas feiras passaram a disponibilizar a?plataforma digital E+E, com vista a oferecer soluções inovadoras e a promover o conhecimento e o trabalho em rede. Este canal foi concebido para criar um ecossistema global do setor e ajudar a fortalecer ainda mais a relação entre visitantes e expositores, ao permitir a partilha de experiências, conhecimentos e negócios, promover encontros e ligações, e ser uma fonte de inspiração contínua para todos os profissionais.
Que expectativas existem para a edição de 2022 a nível de potenciais compradores internacionais na feira?
As expectativas passam por um aumento da oferta habitual por parte dos expositores bem como pelo número de visitantes. À semelhança daquilo que tem acontecido também noutras feiras, prevemos aumentar a variedade de nacionalidades presentes na feira e concretizar vendas direcionadas a várias geografias.
Há uma fasquia de alcance de número de visitantes este ano que a organização queira atingir? Qual (comparada com a anterior edição)?
Estamos ainda numa fase de muita imprevisibilidade, pois só agora é que as feiras estão a regressar ao formato habitual. Não conseguimos ainda estimar um número de visitantes, mas prevemos conseguir resultados muito positivos, tal como tem acontecido com outras férias que provemos ao longo do primeiro semestre.
Que mensagem gostaria de deixar ao mercado em jeito de antecipação da feira?
Acreditamos que a Concreta vai continuar a contribuir significativamente para o alinhamento do mercado com as novas tendências e para dar respostas a muitos dos desafios que temos em cima da mesa. É uma boa oportunidade de networking mas também de compreensão das novas dinâmicas do setor no contexto atual, e gostávamos que o nosso público entendesse isso para saber, desde logo, que a feira está adaptada ao contexto atual e ao amanhã.
