António Costa destacou a importância do acordo alcançado para a solução ibérica, “que nos permitiu conter o impacto da subida do preço do gás no preço da energia elétrica e também na capacidade que tivemos de desbloquear o impasse em que se encontravam as interconexões elétricas e de gás entre a Península Ibérica e o resto da Europa”.
O primeiro-ministro português referiu ainda que os dois países, a par de França, têm de apresentar a Bruxelas o projeto sobre as interligações energéticas, querendo os executivos trabalhar com a Comissão Europeia para identificar fontes de financiamento europeu. O objetivo, revelou António Costa é que, “no dia 9 de dezembro, possa ser apresentado um projeto comum na União Europeia na data-limite, que é 15 de dezembro”.
António Costa revelou ainda que Portugal vai juntar.se à iniciativa de Pedro Sánchez com o presidente do Senegal, Macky Sall, para na 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27) lançarem uma iniciativa global sobre a seca, “porque todos temos de nos empenhar num esforço conjunto para ultrapassar uma das piores manifestações das alterações climáticas”.
No fim a Cimeira António Costa destacou três dos acordos firmados entre os dois países.
O primeiro tem a ver com a criação da Constelação Atlântica, uma constelação de satélites entre Portugal e Espanha que “será um instrumento fundamental para disponibilizar informação, seja para o acompanhamento do que se passa em terra, seja para a disponibilização de dados essenciais para a investigação científica ou para o conjunto da atividade económica”.
Para além deste documento o primeiro-ministro português referiu ainda o acordo que foi assinado para o desenvolvimento da fileira da microeletrónica e dos semicondutores, “onde devemos juntar as capacidades comuns para contribuirmos para que a Europa recupere a sua autonomia estratégica e não dependa, como até agora, do fornecimento de países terceiros, para uma tecnologia fundamental para quase todas as atividades”. Aqui o Instituto Ibérico de Investigação na área da nanotecnologia, sediado em Braga, “dará uma contribuição essencial por força da investigação que vem desenvolvendo e do conhecimento que vem produzindo nesta estratégia ibérica da área dos semicondutores”.
Por fim, o acordo para a constituição do Centro Ibérico de Investigação e Armazenamento de Energia, “que está a ser instalado em Cáceres e é o irmão gémeo do Instituto Ibérico de Investigação, que hoje visitámos em Braga”.
Ainda na questão da energia António Costa afirmou que “apoiámos uma ideia da vice-presidente espanhola Teresa Ribera sobre trabalharmos em conjunto o tema do armazenamento da energia. É um dos grandes desafios que temos pela frente e agora que estamos na liderança da produção de energias renováveis, é bom que trabalhemos conjuntamente para acompanhar este desafio que é como armazenar a energia de forma a poder garantir maior segurança energética”.
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