Webinar debate 'modelos de abordagem para redução de perdas de água'
Evento decorre a 14 de dezembro a partir das 10h00.
A tendência de agravamento do estado de seca em Portugal tem contribuído para o aumento da importância dada à temática das perdas de água. A incerteza gerada em muitos municípios, quanto à garantia do abastecimento de água potável, torna imperiosa a necessidade da redução do desperdício deste bem essencial à vida, por todas as partes interessadas. Às Entidades Gestoras cabe grande parte dessa responsabilidade, dado que as perdas de água continuam a registar valores muito elevados, bastante acima dos limites de referência para uma boa qualidade do serviço prestado.
Das 211 entidades gestoras em baixa, de Portugal Continental, que reportaram dados à ERSAR (relativos ao ano 2020) para cálculo do indicador “água não faturada por extensão de rede”, 177 (84%) ainda registam um valor acima de 1.000 m3/(km.ano). Olhando para o indicador percentual de água não faturada, são 182 (85%) as entidades gestoras com um valor superior a 20%, existindo 46 (21%) acima de 50%. Em Portugal Continental o volume anual de perdas de água ultrapassa os 200 milhões de metros cúbicos, o que permitiria abastecer a cidade de Lisboa num período de quase 3 anos. Face a este cenário pouco animador, que se vem mantendo praticamente inalterado desde o ano 2011, é urgente identificar soluções que possam ajudar as entidades gestoras a encontrar o caminho certo para a eficiência hídrica.
Em linha com a missão e os objetivos da Comissão Especializada de Sistemas de Distribuição de Água da APDA (CESDA), este webinar irá promover uma reflexão sobre os diferentes modelos de abordagem para redução das perdas de água, numa tentativa de dar resposta a algumas das muitas questões que poderão ser colocadas. Quais as vantagens e desvantagens de cada um dos modelos de abordagem? O trabalho de redução das perdas de água deverá ser assumido integralmente pelas entidades gestoras, ou externalizado? Se externalizado, será preferível ser para a totalidade das atividades, ou para parte delas? Quais os riscos inerentes a cada um dos modelos? O modelo de abordagem poderá condicionar a rapidez na obtenção de resultados? O que deverá ser tido em consideração na escolha do modelo a implementar?
O painel de oradores deste webinar será constituído por representantes de entidades gestoras ou empresas que participam ativamente na CESDA e que detêm experiência prática na gestão das perdas de água num dos 4 modelos de abordagem: Gestão Interna Total (GIT) - EPAL, Gestão Interna Parcial (GIP) - RSS, Gestão Externa Total (GET) - INDAQUA, e Gestão Externa Parcial (GEP) - AdRA.
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O Grupo Contimetra/Sistimetra é membro da Comissão Especializada de Sistemas de Distribuição de Água - CESDA/APDA.
