O conceito da Eaton Building as a Grid permite transformar o edifício numa rede elétrica capaz de suportar todas as necessidades existentes e futuras. Este é um pequeno ponto dentro do conceito alargado de Everything as a Grid, que defende a criação de sistemas de energia flexíveis para alimentar o futuro - acelerar a descarbonização, aumentar a resiliência, reduzir os custos de energia e criar fluxos de receitas.
Fugir ao futuro é impossível, mas através da inovação conseguimos mitigar os pontos menos positivos. Neste caso através do conceito da Eaton Building as a Grid.
De uma forma simples, nada mais é do que transformar o edifício numa rede elétrica capaz de suportar todas as necessidades existentes e futuras. Este é um pequeno ponto dentro do conceito alargado de Everything as a Grid, que defende a criação de sistemas de energia flexíveis para alimentar o futuro - acelerar a descarbonização, aumentar a resiliência, reduzir os custos de energia e criar fluxos de receitas.
Na prática, isto significa que escritórios, campus, lojas, condomínios, aeroportos, arenas… todas as estruturas podem ser convertidas em hubs de energia e usadas para atingir os objetivos energéticos e aumentar os resultados, apoiando simultaneamente a rede elétrica local.
Este controlo, suportado por uma solução de gestão inteligente de edifícios, é totalmente flexível e modular. Pode integrar carregadores de veículos elétricos, painéis solares, baterias de armazenamento de energia e uma fonte externa de eletricidade num ecossistema. O gestor pode ver e gerir os fluxos de energia entre estes ativos e a rede através de um painel de controlo simples, analisar de forma inteligente os dados de consumo energético do edifício, o preço da energia, e até as condições meteorológicas para obter previsões precisas da produção solar esperada e do consumo. Com isto, o gestor consegue fazer uma utilização muito eficiente da energia renovável para vários requisitos elétricos, e assim reduzir a quantidade de energia que o seu edifício consome da rede. Ao mesmo tempo, pode garantir que os serviços do edifício funcionam, pode evitar as taxas de pico de utilização da rede, reduzir as faturas de energia do edifício e minimizar a sua pegada de carbono.
Num cenário onde é possível, com recurso a um sistema de armazenamento de energia pode utilizar a produção de uma matriz fotovoltaica, quer para substituir a energia de pico da rede ou para vender à rede (onde isso é possível). Ou seja, pode ganhar dinheiro e compensar as faturas de energia.
Um armazém de logística, por outro lado, pode querer evitar a utilização da rede ou o limite de proteção de sobrecarga num cenário em que não há capacidade de rede adicional disponível devido a problemas de congestionamento da rede. O software pode assegurar a continuidade da atividade e otimizar o autoconsumo fotovoltaico, evitando os picos de consumo através da descarga da energia solar armazenada durante a noite.
Outros edifícios, como as escolas, podem apenas querer reduzir os custos de energia através de uma gestão inteligente da energia, otimizando a fatura de eletricidade da rede e maximizando o autoconsumo fotovoltaico.
A solução incluiu um sistema solar fotovoltaico de 100 kWp no telhado, um sistema de armazenamento de energia de baterias xStorage da Eaton (20 kW de potência e 21 kWh de capacidade), 16 carregadores de veículos elétricos localizados no parque de estacionamento subterrâneo e um carregador rápido DC localizado perto dos lugares de estacionamento no exterior do edifício para utilização do público. O resultado? Até 60% de poupança nas suas faturas de energia em 2022 - apesar do aumento dos preços da energia – e redução das emissões de carbono numa média de uma tonelada por mês.
Prevê-se que a procura global de eletricidade por parte dos edifícios inteligentes aumente aproximadamente 25% até 2030. Este crescimento está particularmente concentrado nas zonas urbanas. A necessidade de capacidade da rede poderá aumentar em 15-20% durante a próxima década para suportar a carga adicional dos edifícios inteligentes, o que poderá levar a maiores investimentos em infraestruturas de rede.
Os desafios são muitos: Ao pacote legislativo Fit-for-55 da UE, concebido para cumprir o objetivo de 2030 de uma redução de 55% nas emissões de CO2, junta-se o plano REPowerEU. Estas estratégias visam aumentar a resiliência energética em toda a UE, reduzindo mais rapidamente a dependência dos combustíveis fósseis nos edifícios e na indústria. Metas muito positivas, mas exigentes para os detentores de edifícios.
A descentralização bem-sucedida da produção de energia, juntamente com a descarbonização e a digitalização dos edifícios, é fundamental. Além disso, as fontes de energia locais renováveis está agora a criar uma procura de monitorização, controlo e otimização rigorosos de fluxos de energia cada vez mais complexos. Tudo isto é necessário para reduzir as emissões de CO2, apoiar a rede, poupar nos custos e - o que é fundamental - garantir a conformidade.
Esta mudança exige um novo conceito de edifício. Já não se trata apenas de salas, escritórios, oficinas e outros espaços de trabalho, mas sim de um centro que inclui a otimização flexível da energia e a gestão das energias renováveis ao nível do edifício, além de ser um componente ativo de redes elétricas cada vez mais inteligentes.
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