Os dados foram revelados nas Estatísticas do Ambiente, do Instituto Nacional de Estatística (INE), que apresenta uma análise detalhada do setor face ao ano passado.
O ano de 2023, com um valor médio da temperatura média do ar de 16,59 ºC, foi o segundo ano mais quente dos últimos 10 anos em Portugal continental, mas também desde 1931, com um desvio à normal de +1,04 ºC
A redução das emissões de gases com efeito de estufa (GEE) face a 2022 deveu-se a uma diminuição no setor energético (-9,1%) e na indústria (-3,3%), “em linha com o aumento de 24,3% da produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis (75,8% do total) e com o decréscimo da produção industrial”, destacou o INE.
Em 2023, "o setor da energia manteve a importância enquanto principal setor emissor de GEE, representando 65,2% do total destas emissões (67,2% em 2022), seguido do setor da agricultura com 13,1% (12,3% em 2022) e da indústria com 10,8% (10,4% em 2022). No setor da energia, os transportes foram a principal fonte emissora com 34,4% (30,3% em 2022)", pode ler-se no relatório.
"A intensidade carbónica da economia, ou seja, a emissão de gases de efeito de estufa por unidade de PIB, aponta para uma menor emissão de carbono por unidade de riqueza produzida. Em 1995, Portugal tinha contabilizado uma intensidade carbónica de 499,7 t de CO2 eq/106 Euros, fixando-se em 2023 em menos de metade, 222,4 t de CO2 eq/106 Euros".
Já a potência instalada em energia fotovoltaica "aumentou 45,1% ascendendo a 3 892 MW em 2023 (2 682 MW em 2022)".
Apesar do aumento de resíduos urbanos e setoriais, respetivamente +0,3% e +4,7%, verificou-se "um aumento superior" na recolha seletiva de resíduos urbanos (+1,4%) e na valorização dos resíduos setoriais (+5,4%).
Destaque para os investimentos das empresas da indústria em termos ambientais, que cresceram 4,5%, sendo no domínio da Proteção da Qualidade do Ar e Clima que mais investiram (33,8% do total de investimentos).
Já o valor dos impostos com relevância ambiental (5,4 mil milhões de euros), aumentou 15,7%, "refletindo o aumento de 16,0% da receita do imposto sobre os produtos petrolíferos, o qual manteve a importância relativa no total dos impostos com relevância ambiental (60,2%)".
A análise do Índice de Qualidade do Ar indicou que, em média, 30,9% dos dias de 2023 apresentou uma qualidade do ar classificada com 'muito bom' e 47,2% com 'bom', contra 28,2% e 45,6%, respetivamente, no ano anterior.
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